Covid-19. Da aviação ao sector automóvel, estas são as 10 empresas da UE com mais prejuízo
O novo coronavírus atirou o Stoxx600, índice que agrega as 600 maiores cotadas europeias, para o vermelho carregado. Com a realidade bem longe das previsões no início do ano,1 0 das cotadas ultrapassarão os 1.000 milhões de euros em prejuízos e só sete prevêem voltar aos lucros em 2021, avança o jornal espanhol “El Economista”, que cita dados da FactSet.
A Lufthansa, a Renault e a Carnival terão os números vermelhos mais altos. A IAG e a ArcelorMittal também não escapam à tendência negativa.
Para já, as projecções de perdas para a companhia aérea Lufthansa já ultrapassam os 4.200 milhões de euros, valor que a coloca à frente das cotadas do Stoxx 600 com o pior resultado deste ano. De acordo com dados recolhidos pela FactSet, a empresa alemã terá de esperar até 2022 para voltar a ter lucro.
A grupo alemão Lufthansa espera chegar a um acordo com o Estado belga para resgatar a sua subsidiária Brussels Airlines, avançava esta sexta-feira a imprensa belga, citada pela agência “Lusa”, acrescentando que o grupo não exclui, ainda assim, a possibilidade de falência da sua filial belga. O Governo belga e a Lufthansa negoceiam, há semanas, uma ajuda de Estado à Brussels Airlines, no valor de 300 milhões de euros.
Com os navios parados há vários meses, a companhia de cruzeiros Carnival Corporation prevê perdas superiores a 2.500 milhões de euros em 2020. Segue-se a IAG, com mais de 2.000 milhões em perdas.
No sector automóvel, que foi inicialmente afectado pela queda da procura na China e que enfrenta agora as consequências do confinamento no Ocidente, a Renault foi a que sofreu mais danos: deverá chegar a perdas de 3.300 milhões de euros.
Já a Thyssenkrupp e a ArcelorMittal esperam perdas de 2.000 milhões e 1.300 milhões 1,3 milhões, respectivamente.
Por sua vez, as instituições financeiras também foram prejudicadas pela pandemia. O Deutsche Bank, apesar da sua subida na bolsa, poderá assistir a perdas de cerca de 1.800 milhões.
As 10 empresas com as maiores perdas no Stoxx 600 são completadas pela Klépierre e a Land Securities. A empresa francesa terá um número vermelho próximo de 1.500 milhões de euros, enquanto a britânica ultrapassará 1,100 milhões de euros em prejuízos.
No entanto, escreve o jornal espanhol, as duas empresas recuperarão em 2021, uma vez que se prevê que a primeira ganhe 607 milhões de euros nesse ano, enquanto a empresa britânica se manterá nos 220 milhões de euros.
*Notícia actualizada às 14:42