Covid-19: Apenas 15% das empresas acreditam na recuperação até ao final do ano
Uma sondagem realizada pelo ISCTE e pela Confederação Empresarial Portuguesa concluiu que apenas 15% das empresas acredita na recuperação da sua região até ao final do ano. Por outro lado, 8% refere que, só depois de 2023, chegará a um nível económico semelhante ao anterior à pandemia.
Em abril, a queda de vendas e prestação de serviços afetou sobretudo as micro (51%) e as pequenas empresas (46%).
O número de empresas respondentes em pleno funcionamento aumentou em relação ao período passado de forma significativa, de 77% para 84%, as empresas fechadas baixaram de 4%para 1%, tendo igualmente diminuído o número de empresas parcialmente encerradas, de 19% para 15%.
De forma geral, as encomendas em carteira diminuíram em muito mais empresas do que aquelas que estão a aumentar (31% versus 22%).
As expetativas de vendas das empresas respondentes para o segundo trimestre de 2021 é negativa face ao mesmo período de 2019, com 39% a esperarem uma diminuição, face a 29% das empresas a aguardarem por um crescimento. Esta perspetiva negativa é sobretudo verificada nas micro empresas, com 43% a aguardar um comportamento negativo.
Nas grandes empresas a expetativa de crescimento é verificada em 54% das empresas, o que representa uma evolução positiva em relação ao mês anterior, onde apenas 24% das empresas esperavam um aumento das suas vendas.
Já sobre a expetativa de queda de vendas e prestação de serviços das empresas até ao final do 2º trimestre de 2021, face ao período homólogo de 2019, de diminuírem 41% das suas vendas em 39% das empresas. As empresas que esperam aumentar as suas vendas, 29%, acreditam que vão aumentar cerca de 25% essas vendas.
O impacto nas empresas que esperam reduzir os recursos humanos é superior (22%) face às que pensam aumentar (11%), enquanto 76% acredita que vai conseguir manter estes postos de trabalho.
Em termos de investimento, a situação é pior do que nas componentes de vendas e de recursos humanos, o que é preocupante por poder hipotecar o médio/longo prazo. 29% das empresas pensam diminuir investimento de 2021.