Costa não entrega para já vitória à AD: “provavelmente não será hoje que vamos ter o resultado final destas eleições”

“Queria, em primeiro lugar, saudar os portugueses pela forma notável como acorreram às urnas, tendo havido uma redução significativa da abstenção”, começa por declarar António Costa, na chegada ao hotel Altis.

“Creio que neste momento os resultados quase finais são menos claros do que aquilo que eram as previsões eleitorais”, acrescenta. “Em termos de mandatos, há praticamente um empate entre PS e AD. Em termos de votos, há uma proximidade muito grande. A única certeza que podemos ter é que, tendo em conta o volume de votos que chegarão nos próximos dias dos círculos da emigração, provavelmente não será hoje que vamos ter o resultado final destas eleições.”

“Só se a margem for muito grande nas maiores freguesias por contar de Lisboa e Porto”, diz o primeiro-ministro demissionário.

Costa aponta ainda que os resultados do PSD não melhoraram em relação há dois anos. “Os votos do Rui Rio de há dois anos com os do CDS são mais ou menos os mesmos.”

Sobre o Chega, Costa diz que “há uma subida fortíssima. É fundamental analisarmos todo esse resultado eleitoral e tentarmos compreender e recordando que são eleições num quadro atípico. Eleições que acontecem depois de uma crise de inflação como o país não vivia há dois anos, acompanhado de subida das taxas de juros. A resposta não foi suficiente e isso criou um mau estar geral. É preciso perceber quantos votos do Chega são de protesto”, prossegue.

 

Costa assume responsabilidade pela derrota, “se for necessário”

Sobre este resultado, Costa diz que se for preciso assumir um responsável, “estou aqui”. E sublinhou que “nenhum secretário-geral a entrar nestas circunstâncias estaria obrigado a vencer as eleições.”

“Em condições normais, a avaliação só seria feita daqui a dois anos e meio, mas pelas circunstâncias que o Presidente da República entendeu, fomos a avaliação antes do fim do segundo período. Um grande número de eleitores que votou em mim e no PS há dois anos, hoje não votou. Isso é muito claro”.

No entanto, “ao início da noite parecia um resultado mais claro, neste momento, já não é assim”, conclui o primeiro-ministro.

 

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