Corrida multimilionária ao espaço inunda órbita da Terra com milhares de satélites. Que riscos pode ter para a humanidade?

O autoproclamado Imperador de Marte, o multimilionário Elon Musk, tem sido muma figura dominante na exploração espacial, especialmente na órbita baixa da Terra. Com mais de 50% de todos os satélites em órbita terrestre e o sucesso dos seus foguetões reutilizáveis Falcon, Musk tem liderado esta exploração.

No entanto, a sua crescente frota de satélites Starlink e os seus planos ambiciosos têm gerado preocupações sobre o controlo desenfreado e os riscos associados, conta o ‘El Confidencial’.

A ascensão meteórica dos satélites Starlink é evidente ao observar a sua expansão exponencial ao longo dos anos. De uma modesta quantidade inicial de 120 unidades em 2019, a frota cresceu para 960 em 2020, 1.920 em 2021 e agora ultrapassa 5.600 satélites operacionais. A SpaceX, empresa de Musk, aguarda ainda a aprovação para implantar até 42.000 desses satélites.

Recentemente, a SpaceX acelerou a implementação da sua segunda geração de satélites Starlink, conhecidos como ‘V2 Mini’, com 21 unidades lançadas em fevereiro de 2023. Estes satélites, equipados com antenas mais potentes e propulsores de efeito Hall, visam melhorar a capacidade e velocidade da rede Starlink.

No entanto, a corrida para dominar a órbita terrestre não se limita a Musk. Outros competidores, como a China, a Boeing, o OneWeb e o projeto Kuiper de Jeff Bezos, estão a lançar as suas próprias constelações de satélites. Essa proliferação de redes de comunicação no espaço levanta sérias preocupações, especialmente em relação ao aumento do risco de colisões e ao acúmulo de detritos espaciais.

Os especialistas alertam para os perigos de uma possível cascata de colisões, que poderia inutilizar completamente as órbitas e representar uma ameaça para satélites vitais, serviços de posicionamento global e até mesmo missões espaciais tripuladas.

Além dos riscos operacionais, a expansão descontrolada dessas redes de satélites representa uma ameaça ao próprio futuro da humanidade. A acumulação de detritos espaciais e o potencial de falha em massa dos satélites podem ter consequências catastróficas para serviços essenciais e para a vida na Terra.

Assim, torna-se imperativo que sejam estabelecidas novas regulamentações para a utilização do espaço, a fim de prevenir conflitos e garantir a segurança das operações espaciais.

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