Consumo de gás hilariante preocupa autoridades policiais: fiscalização em festivais é reforçada

O consumo de óxido nitroso – conhecido como ‘gás hilariante’ – em festas, sobretudo em festivais e outros ambientes de diversão noturna, está a preocupar as autoridades portuguesas, que têm reforçado a fiscalização de venda e consumo desta substância.

De acordo com o jornal ‘Público, a PSP realizou 250 apreensões de óxido nitroso nos último dois anos e meio, sendo que a maior fatia foi em 2022 (173) – só em Portimão, onde decorreu o festival AfroNation, entre 26 e 30 de junho, a PSP apreendeu 74 botijas, entre outras drogas, na sequência de uma operação especial.

Em comunicado, a GNR salientou que “no decorrer das ações policiais direcionadas para a segurança e policiamento de um festival que decorreu na Costa de Caparica (6 e 7 de Julho), foram detidos cinco suspeitos por tráfico de estupefacientes e elaborados 38 autos de contra-ordenação, 37 por consumo de produtos estupefacientes e um por posse de óxido nitroso (duas botijas)”.

De acordo com o subintendente Sérgio Soares, porta-voz da PSP, o consumo do “óxido nitroso ou protóxido de azoto tem vindo a ser cada vez mais identificado nos últimos tempos em contextos recreativos, muito por causa dos seus efeitos euforizantes, analgésicos e ansiolíticos, acompanhados por uma alteração sensorial da perceção de espaço e tempo e por um distúrbio da coordenação motora”.

“Normalmente, é inalado através de balões ou cartuchos vendidos para culinária, como os encontrados nos recipientes de chantilly para evitar queimaduras de frio, devido à baixa temperatura a que o gás é libertado do recipiente e com o objetivo de proporcionar uma maior facilidade na dosagem”, refere Sérgio Soares.

Em 2022, o Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência (OEDT) destacou este gás, que é “fácil de obter, barato e popular” entre os jovens, avisando para o aumento do consumo desta substância na Europa, nomeadamente em Portugal.

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