Confrontos em Paris. Coletes amarelos bloqueiam acessos à cidade em dia de aniversário
Esta manhã vive-se um clima de forte tensão em Paris, com várias manifestações a realizar-se por toda a cidade, para celebrar o primeiro aniversário do início do movimento ‘Coletes Amarelos’. Na Porta de Champerret, no norte da cidade, e na Praça de Itália, no sul, já aconteceram os primeiros “contactos” físicos e violentos entre manifestantes e polícias.
#Acte53 #GilletsJaunes #1anDeColere 16/17
Premier gazage les commerçants vont devoir fermer pic.twitter.com/7j1RIjbb4N— Yolanda (@macalusoy) November 16, 2019
Conhecida como “periférico”, a autoestrada circular que envolve a capital, foi bloqueada, obrigando a polícia a intervir, utilizando gás lacrimogéneo para dispersar algumas centenas de manifestantes. Várias estações de metro e de comboio, também já foram fechadas. E na Praça de Itália, as barricadas foram todas incendiadas. Segundo o ‘Le Monde’, aa forças de segurança já realizaram mais de 20 detenções, identificaram 41 pessoas e fizeram cerca de 1500 fiscalizações preventivas.
En amont de la #manifestation porte de Champerret à #Paris, les contrôles préventifs effectués par les #FDO conduisent à des saisies d'armes par destination. pic.twitter.com/L1LqODAwS7
— Préfecture de Police (@prefpolice) November 16, 2019
Em declarações ao jornal francês, Priscillia Ludosky uma das figuras do movimento, afirmou que a partir das 14 horas estão previstas as maiores manifestações, com os coletes amarelos a tentar ligar a praça de Itália a Franz-Listz.
Ça c'etait une banque #GiletsJaunes à place d'italie pic.twitter.com/OE3SGiQ6ub
— Florian Laluque (@flobbfr) November 16, 2019
O luso-francês, Jérôme Rodrigues, um dos líderes mais conhecidos do movimento, disse ao Expresso que o movimento pretende comemorar “devidamente” o aniversário de forma “digna e para dar que falar”.
Com as novas manifestações, os “coletes amarelos” desejam relançar o movimento que esteve durante algum tempo em “modo pausa” e “num momento de tréguas com o poder”, segundo disse há algum tempo, também ao Expresso, o escritor e advogado Juan Branco, que defende os militantes.