Comprar ou arrendar casa pesa cada vez mais na carteira dos portugueses. Taxa de esforço voltou a aumentar

A percentagem do rendimento familiar necessária para enfrentar a compra ou o arrendamento de uma habitação aumentou significativamente no último ano em várias capitais de distrito portuguesas.

De acordo com uma análise do Idealista, que compara as taxas de esforço do terceiro trimestre de 2023 e 2024, o esforço exigido para arrendar uma casa em Portugal subiu 3 pontos percentuais, passando de 81% para 84%. Na compra de casa, a taxa de esforço nacional registou um aumento mais modesto, de 1 ponto percentual, passando de 68% para 69%.

 

Taxa de esforço no arrendamento

Entre as 20 cidades analisadas, Ponta Delgada destacou-se pelo aumento mais acentuado na taxa de esforço para arrendar, que passou de 52% em 2023 para 70% em 2024, um incremento de 18 pontos percentuais. Outros aumentos significativos foram observados em Bragança (10 p.p.), Faro (7 p.p.), Lisboa (4 p.p.), Santarém (4 p.p.) e Coimbra (4 p.p.). Por outro lado, Évora e Porto mantiveram a taxa de esforço inalterada, enquanto Aveiro (-13 p.p.), Funchal (-12 p.p.) e Beja (-12 p.p.) registaram diminuições.

Lisboa continua a ser a cidade onde as famílias precisam de destinar uma maior percentagem dos seus rendimentos para arrendar, com 91%. Seguem-se o Funchal (89%), Faro (75%) e Porto (74%). Em contraste, Portalegre (28%) e Castelo Branco (31%) são as capitais de distrito onde as rendas pesam menos nos rendimentos familiares.

Taxa de esforço para comprar

No que diz respeito à compra de habitação, a percentagem dos rendimentos que as famílias devem destinar aumentou em 10 das 20 cidades analisadas. Bragança lidera com um aumento de 4 pontos percentuais, passando de 28% para 32%. Lisboa e Leiria também registaram aumentos de 3 p.p.

O Funchal permanece como a cidade com a maior taxa de esforço para comprar casa, com 105%, seguido por Lisboa (101%) e Faro (99%). No entanto, cinco capitais de distrito, como Bragança (32%) e Beja (23%), ainda apresentam taxas de esforço inferiores ao recomendado de 33%.

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