Como montar o seu negócio passo a passo
Antes de mais, é importante que saiba que, para abrir qualquer que seja o negócio, é necessário ter a ideia do produto e/ou serviço e o seu respetivo ramo de atividade. Depois de ter (quase) todas as ideias arrumadas e a pesquisa de mercado feita, o primeiro a fazer deve ser o registo da organização.
Leia Mais: 3 Dicas para montar um negócio secundário lucrativo
Passo 1: Registo da Empresa
Hoje em dia, o registo é executado de forma bastante rápida e intuitiva. Pode registar a sua empresa a título individual ou em sociedade apenas em alguns minutos no site Empresa na Hora, por exemplo. Conforme o próprio nome indica, consegue fazer o registo em menos de uma hora, seja de que tipo for: sociedade unipessoal por quotas, sociedade por quotas e sociedade anónima.
Quanto ao local de registo, este pode ser feito online ou presencialmente num dos diversos balcões espalhados por Portugal Continental e Ilhas. Ou seja, viver no interior já não é desculpa!
O custo de registo da empresa é de 360 euros e tem de ser feito no momento da constituição em numerário, multibanco, cheque visado ou vale postal.
Passo 2: Documentos Necessários
Seja de que caráter for a empresa, caso os sócios da sociedade a constituir sejam pessoas singulares, deverão apresentar os seguintes documentos:
- Cartão de contribuinte;
- Documento de identificação (cartão de cidadão, bilhete de identidade, passaporte ou autorização de residência).
No caso de se tratarem de pessoas coletivas:
- Cartão da empresa/pessoa coletiva/código de acesso aos referidos cartões;
- Ata da Assembleia Geral que declara poderes para a constituição da sociedade.
No caso de sociedades que apresentam entradas de bens móveis/imóveis ou participações sociais sujeitas a registo, podem acrescer alguns custos àqueles que já foram mencionados acima, como é o caso de 50 euros por imóvel, quota ou participação social; 30 euros por cada bem móvel; 20 euros por ciclomotor ou motociclo, triciclo ou quadriciclo com cilindrada não superior a 50 cm3, até a um limite de 30 mil euros.
Caso não tenha dinheiro disponível suficiente para dar início ao novo negócio, optar por pedir um crédito pessoal pode afigurar-se uma solução vantajosa. Para tal, veja se preenche os 5 fatores que os bancos valorizam para crédito pessoal. Pode, ainda, explorar outras soluções de financiamento aqui.
Passo 3: Contratação de Serviços e Colaboradores
Após a documentação ser enviada e tratada toda a parte legal e burocrática da abertura do negócio, é hora de começar a contratar os serviços necessários, bem como a seleção dos colaboradores da empresa, dos melhores fornecedores, parque informático, entre outros.
Pode sempre optar por candidatar-se a algum dos apoios provenientes do Estado, através do IEFP – Instituto de Emprego e Formação Português, como são os casos do Empreendorismo, Movimento Empreendedor e o Portal dos Incentivos.
Esta é uma etapa importante a ter em conta, pois muitas das decisões tomadas irão ter repercussões no negócio daí para a frente.
Outros Custos Decorrentes do Início da Atividade
Decorrentes do início da atividade podemos esperar ainda com os seguintes valores:
- IRC (25%);
- Derrama (pode chegar aos 1,5%);
- IVA à taxa de 23%, 13% ou 6% (conforme o tipo de bens/ serviços);
- Taxa paga sobre o valor dos salários dos colaboradores.
A partir do momento em que a atividade é iniciada, virão ao de cima custos necessários ao desempenho da mesma, como é o caso da contabilidade da empresa, onde será necessário contratar uma empresa e, por sua vez, um TOC (técnico oficial de contas), que pode ser designado no ato da constituição da sociedade ou nos 15 dias seguintes. Seguros, eletricidade, água e gás, assim como comunicações e empréstimos bancários são mais algumas das despesas com as quais deve ter em conta após o estabelecimento da marca.
Regra geral, estes são os custos que deverá ter sempre em mente, caso decida enveredar por um novo negócio. Lembre-se: este pode ser a primeira etapa para se tornar financeiramente independente.