Como é que a tecnologia pode abrir portas a um futuro mais “verde” no retalho?
É inegável a importância do retalho para o nosso dia a dia. Contudo, esse setor pode ser muito prejudicial para o ambiente.
Na Europa, a fast fashion gera o equivalente a cerca de 650 quilogramas de emissões de CO2 per capita.
A CI&T, um especialista digital e parceiro em transformação digital end-to-end, explica de que forma é que a tecnologia pode contribuir para tornar o setor mais ecológico e para a diminuição da pegada ecológica do setor do retalho, abrindo portas a um futuro mais “verde”.
1- A tecnologia ajuda a calcular o impacto ambiental das compras
É fundamental que exista sinergia entre comerciantes e clientes finais, bem como que os clientes saibam as implicações das suas compras, defende a CI&T.
Atualmente, os sistemas dos pontos de venda estão preparados para divulgar informações baseadas em informação sobre o comportamento e as escolhas dos clientes.
A reutilização de sacos de plástico, por exemplo, pode ser monitorizada e registada na caixa, permitindo que se recompense os clientes que levarem o seu próprio saco.
Por outro lado, as soluções habilitadas para blockchain e os sensores IoT podem oferecer insights em tempo real aos clientes sobre a pegada de carbono das suas compras.
2- A tecnologia pode otimizar as cadeias de abastecimento
De acordo com a CI&T, para uma empresa de retalho se tornar mais ecológica, é fundamental transformar a cadeia de abastecimento.
“Recorrendo a dados conseguem recolher métricas em cada passo da jornada de um produto, desde a produção até à entrega. Estas informações detalhadas e baseadas em IA permitem conhecer a pegada ecológica de cada artigo”, refere a empresa num comunicado,
Quanto à gestão de armazéns, os sistemas inteligentes baseados na Cloud podem recorrer a machine learning para maximizar a capacidade de armazenamento, aumentando a eficiência energética e, assim, diminuir o desperdício de espaço e ajudando as empresas a saber qual a quantidade certa de stock de que precisam.
3- A tecnologia pode reduzir as emissões do digital
As “emissões digitais” também são prejudiciais para o meio ambiente. “Visitar um website de e-commerce implica o consumo de eletricidade associado à alimentação de Data Centers, redes de transmissão e dispositivos”, refere a empresa.
Durante a pandemia, essa preocupação cresceu, devido ao aumento das vendas online, sendo que um website produz, em média, 1,76g de CO2 por cada visualização de página.
De acordo com a CI&T, a solução passa por apostar num design digital inteligente, recorrendo a imagens comprimidas, formatos de documento eficientes, fontes e estruturas de página leves; e disponibilizando a opção de “dark mode”.
“As empresas de retalho sabem a importância da sustentabilidade, mas precisam das ferramentas tecnológicas adequadas para alcançar os seus objetivos ‘verdes’,” considera Melissa Minkow, Retail Industry Lead da CI&T.