Comissão Europeia confiante de que em junho será finalmente alcançado acordo para uma “completa e estável União Bancária”
O Eurogrupo esteve reunido na passada terça-feira, dia 3 de maio, em formato digital, para discutir, uma vez mais, a União Bancária, que permitirá fortalecer a integração económica e monetária entre os países que têm o euro como moeda oficial. Mas do encontro não resultou ainda nenhum avanço concreto.
Depois de quase uma década em cima da mesa de negociações entre os ministros das finanças da Zona Euro, a União Bancária ainda não tem uma data prevista para o início da sua implementação. Contudo, o comissário europeu com a pasta da Economia, Paolo Gentiloni, em comentários à reunião do Eurogrupo, sublinhou que “nós [Comissão Europeia] apoiamos a ambição para apresentar até junho os planos para uma completa e estável União Bancária”, pois “isso seria um forte sinal positivo, especialmente nestes tempos extraordinários de incerteza”.
O responsável acrescenta que a abordagem proposta pelo presidente do Eurogrupo, Paschal Donohoe, composta por quatro pilares, duas fases de implementação e um período entre elas para avaliar as condições para se avançar no processo, “deverá fornecer uma boa base para um acordo no próximo mês”.
O plano do líder do Eurogrupo assenta na criação de uma estrutura mais forte para a gestão de bancos em falência na União Europeia, uma maior proteção dos depositantes, um mercado de serviços bancários mais integrado e uma maior diversificação dos títulos de dívida soberana na União Europeia.
Gentiloni sublinha que a União Bancária é a última peça que falta para completar o puzzle de uma total União Económica e Monetária e é crucial “para fortalecer a resiliência e estabilidade do nosso setor financeiro e para garantir que ele é capaz de suportar crescimento, investimento e empregabilidade sustentáveis”.