Comissão de Inquérito à gestão da Santa Casa avança hoje no Parlamento: há três propostas em cima da mesa

A Assembleia da República vai discutir esta tarde a abertura de um comissão de inquérito à gestão da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa: a partir das 15 horas, o plenário debate as propostas de Chega, Iniciativa Liberal e Bloco de Esquerda.

A CPI que os liberais propõem abrange a “gestão financeira e a tutela política da SCML”, desde 2015, altura em que Pedro Passos Coelho liderava o Governo, até ao atual executivo. Para a Iniciativa Liberal, foi em 2015, quando era Pedro Santana Lopes o provedor da Santa Casa, que começou a política de “investimentos ruinosos” na instituição.

O Chega, que só quer inquirir o anterior Governo de António Costa, admitiu a possibilidade de trabalhar num texto conjunto com a Iniciativa Liberal. Já o Bloco de Esquerda pretende analisar a gestão da SCML a partir de 2011 e até 2024, por existir “um problema grave de tesouraria” provocado por “razões estruturais e outras mais conjunturais”.

O PSD vai viabilizar uma das propostas de inquérito parlamentar à Santa Casa, adiantou Hugo Soares. “Posso adiantar, do ponto de vista do princípio, que o grupo parlamentar do PSD estará disponível para viabilizar um dos textos. A seu tempo tomaremos uma decisão definitiva [sobre qual], mas estamos disponíveis para viabilizar uma comissão de inquérito àquilo que aconteceu – repito, àquilo que aconteceu – na SCML”, afirmou.

Hugo Soares defendeu que “todo o escrutínio é de saudar”, mas apelou a que essa comissão de inquérito “não contribua para desprestigiar a instituição”, que considera precisar de estabilidade agora que tem “uma nova equipa e um novo rumo”.

Também o PS, liderado por Pedro Nuno Santos, já revelou que pretende viabilizar uma das propostas.

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