Colonial Pipeline pagou 4,2 milhões de euros de resgate a hackers
A Colonial Pipeline pagou cerca de de 4,2 milhões de euros ao grupo de hackers do Leste Europeu, DarkSide, de forma a reaver os seus próprios dados roubados por estes piratas informáticos e de maneira a restaurar o funcionamento normal do oleoduto que abastece o leste dos EUA, revelaram duas fontes da empresa à Bloomberg.
A empresa pagou o resgate em criptomoedas, de forma a manter o anonimato do destino do dinheiro. Ambas as fontes garantem que a administração Biden teve conhecimento deste pagamento.
Uma vez recebido o dinheiro, os hackers forneceram à empresa uma ferramenta de descriptografia para restaurar o sistema informático, destinado à gestão do oleoduto que com o ataque ficou desativado. O software “comprado” era tão pesado e lento que a empresa continuou a operação com os próprios backups, como acrescenta a Bloomberg.
Desde o ataque informático ao Colonial Pipeline, o oleoduto que alimenta a costa leste dos EUA, que os sinais de alarme relativos à escassez de gasolina no país são cada vez mais sombrios.
Há dois dias, as redes sociais ficaram marcadas pelas imagens de imensos postos de abastecimento encerrados e pela corrida dos condutores aos garrafões de gasolina, com medo que o fornecimento de combustível acabe.
John Patrick, diretor de operações da Liberty Petroleum, a principal distribuidora de gasolina em Washington e outros Estados do sul dos EUA, alertou ontem a imprensa internacional de que esta escassez ia ser “catastrófica” e pediu a Biden que transformasse o estado de emergência decretado a nível regional, numa declaração nacional. “Os governantes devem pedir às pessoas que fiquem em casa e para pararem de perseguir os camiões que transportam gasolina”, apelou.
Em Nova Jersey, a Bolkema Fuel começou a perder o stock mal a notícia sobre o ataque ao oleoduto se espalhou: “estamos todos em pânico, sublinhou John Bolkema. Só na segunda-feira o meu fornecedor aumentou os preços do combustível três vezes”, acrescentou. O preço da gasolina corre o risco de subir para o valor mais alto desde 2014.