Coleção de arte de Paul G. Allen pode bater recorde mundial em leilão

A coleção de arte de Paul G. Allen, cofundador da empresa Microsoft, com 155 obras de arte, que incluem Vicent van Gogh e Picasso, avaliada em mil milhões de euros, vai a leilão quarta e quinta-feira pela Christie’s.

De acordo com a leiloeira internacional, o resultado da venda destas obras em pintura e escultura, que percorrem mais de 500 anos de História da arte, deverá ser o maior de sempre e totalmente destinado a instituições de caridade.

Durante dois, dias, no Rockefeller Center, em Nova Iorque, irão desfilar relevantes obras de arte moderna e contemporânea no leilão intitulado “Visionary: The Paul G. Allen Collection”, entre elas “Verger avec Cyprés”, de Vincent van Gogh (1853-1890), ou “Quatre baigneuses”, de Pablo Picasso (1881-1973).

Entre as obras mais raras, que nem registam estimativa no catálogo da Christie´s por estarem sob consulta, estão “Les Poseuses, Ensemble”, em versão pequena, de Georges Seurat (1859-1891), “La Montagne Sainte-Victoire”, de Paul Cézanne (1839-1906), “Waterloo Bridge, soleil voilé”, de Claude Monet (1840-1926), “Maternité II”, de Paul Gauguin (1848-1903) e “Birch forest”, de Gustav Klimt (1862-1918).

“La voix du sang”, de René Magritte (1898-1967), “Le spectre de Vermeer”, de Salvador Dali (1904-1989), ou “Large Interior W11”, de Lucian Freud (1922-2011) são outras das obras do vasto conjunto, que inclui ainda diversas esculturas de Alberto Giacometti (1901-1966), de Max Ernst (1891-1976), Joan Miró (1893-1983) e Picasso.

Estima-se que o conjunto deverá ultrapassar as vendas de coleções de arte mais elevadas já registadas, nomeadamente, a do casal norte-americano Harry e Linda Macklowe, vendida por um total de 922 milhões de euros, pela Sotheby´s, em maio deste ano, e, em 2018, outra coleção do magnata da mesma nacionalidade Rockefeller arrecadou 835 milhões de euros através da Christie´s.

Paul Gardner Allen (1953-2018) nasceu em Seattle, nos Estados Unidos, e, em parceria com Bill Gates, com quem partilhava a mesma paixão pelos computadores, fundou a Microsoft.

Além de empresário, também se dedicou às causas filantrópicas nas áreas da ciência, educação, tecnologia, artes e preservação do ambiente, sempre com grande interesse pela cultura.

Em 2000 fundou o Museu da Cultura Pop na sua cidade natal, dedicado à cultural popular contemporânea.

Ao longo da vida, Allen cedeu obras da coleção para serem exibidas em museus, e também realizou duas grandes exposições, uma em 2006, intitulada “Double Take: From Monet to Lichtenstein”, em Seattle, e outra, na mesma cidade, em 2015, numa parceria entre o Portland Art Museum e o Seattle Art Museum, sobre a evolução da pintura na paisagem.

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