CMVM renova suspensão da negociação das ações da Orey Antunes
A CMVM renovou a suspensão da negociação das ações da Sociedade Comercial Orey Antunes, SA por não ter publicado informação financeira periódica.
De acordo com um comunicado publicado hoje, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou “a renovação da suspensão da negociação das ações da Sociedade Comercial Orey Antunes, SA e outros instrumentos relacionados”.
Segundo a deliberação do regulador a decisão foi tomada por a empresa não ter “publicado informação financeira periódica no prazo”.
A CMVM tinha já renovado a suspensão da negociação das ações da Sociedade Comercial Orey Antunes SA, e de outros instrumentos relacionados, há duas semanas, sucedendo ao anúncio das decisões de 10 e 24 de agosto, pelos mesmo motivos.
Em 27 de julho, o grupo anunciou que o plano de recuperação da Sociedade Orey Antunes foi homologado pelo tribunal, depois da sua votação favorável pela maioria dos créditos.
Com esta homologação “o plano de recuperação vincula a sociedade e os credores, mesmo que não hajam reclamado os seus créditos ou participado nas negociações, relativamente aos créditos constituídos à data em que foi proferida a decisão”, segundo a mesma nota.
Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) no dia 26 de junho, a empresa referiu que o administrador judicial provisório apresentou ao Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa um requerimento para junção aos autos do “auto de abertura de votos e respetivos anexos, a lista de credores com evidência do sentido de voto e votos rececionados e quadro resumo de votação final”.
De acordo com o referido requerimento, votaram 73,78% dos créditos totais, tendo-se registado a abstenção de 26,22%.
Dos que votaram o plano de revitalização, favoravelmente foram 51,94% do total de créditos e contra 21,84% do total de créditos, resultado que dá ‘luz verde’ ao plano de pagamentos da Orey Antunes.
“Nos termos do n.º 3, do art.º 17.º-F, do CIRE, o Administrador Judicial Provisório, Dr. Jorge Calvete, emitiu o seu entendimento ao plano de pagamentos da SCOA no sentido de que o mesmo se encontra aprovado”, lê-se no comunicado.
Segundo a Orey Antunes, “o plano de recuperação proposto considera que a sociedade é suscetível de recuperação, sendo esta, na perspetiva da sociedade, a solução que melhor tutela os interesses dos credores”.
Em novembro do ano passado, a Orey Antunes requereu um PER e apontou a existência de créditos de 63,4 milhões de euros sobre a empresa, propondo um perdão de 90% a 95%, dependendo de negociação, e perdão de juros de 100%, relativamente aos perto de 37,451 milhões de euros de créditos comuns.