Cientistas identificam variante do novo coronavírus que causa infecções mais leves

Um grupo de investigadores em Singapura descobriu uma nova variante do novo coronavírus que causa infecções mais leves, de acordo com um estudo publicado na revista médica ‘The Lancet’, esta semana.

O estudo mostra que os pacientes infectados com uma nova variante da SARS-CoV-2 (responsável pela doença covid-19) tinham melhores resultados clínicos, incluindo uma proporção mais baixa de desenvolvimento de baixo teor de oxigénio no sangue (hipoxemia) ou de necessidade de cuidados intensivos.

A investigação também revela que a variante, que apresenta uma grande exclusão numa parte do seu genoma, desencadeou uma resposta imunitária mais robusta.

O estudo em causa envolveu investigadores de várias instituições de Singapura, incluindo o Centro Nacional de Doenças Infecciosas, a Escola Médica Duke-NUS e a Agência para a Ciência, Tecnologia e Investigação.

“Estes estudos fornecem os primeiros dados convincentes ao mostrar que uma alteração genética (mutação) observada na SARS-CoV-2 afectou a gravidade da doença nos doentes”, disse Gavin Smith da Duke-NUS, citado pela agência Reuters.

Os cientistas salientaram ainda que as descobertas tiveram implicações no desenvolvimento de vacinas e tratamentos para a covid-19.

A variante, que provavelmente veio de Wuhan, na China, foi detectada num conjunto de infecções que ocorreram entre Janeiro e Março.

Segundo afirmou um especialista à Reuters, as mutações, nos vírus, podem ser “uma coisa boa”, já que tendem a tornar-se menos virulentos à medida que mudam, de modo a infectar mais pessoas, mas não a matá-las.

Em Singapura, o vírus foi transmitido de pessoa para pessoa, através de vários grupos, antes de ser contido.

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