Cientistas descobrem teletransporte de cheiros através de IA: nova tecnologia tem no entanto um senão… desagradável

Dos cinco sentidos humanos, a Inteligência Artificial (IA) já é capaz de imitar a visão e a audição. Agora, uma empresa quer usar a tecnologia para digitalizar outro: o olfato. Alex Wiltschko é CEO e co-fundador da Osmo, uma startup que usa IA para ajudar computadores a “gerar cheiros como geramos imagens e sons”, de acordo com o site da empresa.

“As câmaras e os microfones são baratos e estão muito difundidos, por isso é fácil recolher novos dados sobre a visão e a audição. A recolha de dados sobre odores envolve a utilização de instrumentos complexos e dispendiosos ou processos de treino lentos e árduos para os testadores de odores humanos”, referiu Alex Wiltschko, o neurocientista responsável pela startup lançada em janeiro de 2023 – a Osmo Labs foi desmembrada de um projeto de investigação conduzido pela Google Brain (divisão de IA da Google que entretanto foi rebatizada de DeepMind), que procurava aplicar tecnologia de redes neuronais a dados olfativos.

Como CEO da Osmo, Wiltschko que a missão da empresa é “melhorar a saúde e a felicidade humanas” digitalizando o olfato das pessoas. Embora essa seja sua meta de longo prazo para a empresa, no curto prazo ele quer que a Osmo faça moléculas de aroma mais seguras e sustentáveis ​​para fragrâncias em produtos de uso diário, como perfume, champô, repelente de insetos e sabão em pó.

“Esses produtos geralmente têm fragrâncias projetadas por um número muito pequeno de empresas”, diz Wiltschko à ‘CNBC’. “Achamos que podemos fazer melhor com eles construindo ingredientes melhores e mais seguros que não sejam tóxicos… e não irritem a pele ou os olhos.”

Imagine folhear um catálogo de fragrâncias, poder cheirar a última amostra de Tom Ford sem ter de se deslocar à loja. A IA é aparentemente responsável por tornar o teletransporte de cheiros uma realidade, uma vez que uma empresa fez um avanço “futurista”. A máquina GCMS (Cromatografia Gasosa-Espectrometria de Massa) suga o cheiro de um frasco e analisa-o para recriar essas moléculas noutro local. As ramificações podem ser imensas.

Osmo utiliza o Mapa Principal de Odor como uma ferramenta de IA que prevê o cheiro de uma combinação específica de moléculas. De seguida, é enviado para um robot de formulação que o trata como uma receita e replica a amostra.

Numa vídeo, Alex Wiltschko mostra como tudo funciona e está claramente satisfeito com os resultados.

A Osmo afirma ter a maior base de dados de aromas compatível com IA do mundo e, com ela, espera continuar a treinar a IA para compreender aromas específicos. Se isto não bastasse, a Osmo também está a utilizar a IA para criar aromas totalmente novos e oferecê-los à indústria de perfumes. No entanto, a nova tecnologia tem o seu ‘lado B’, como indicou Wiltschko.

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