“Cidades dos 15 minutos” são a chave para uma economia com baixas emissões de CO2

As cidades transformaram-se na chave para a sustentabilidade e para o meio-ambiente, tornando possível uma economia com baixas emissões de dióxido de carbono (CO2). Um artigo escrito pelo professor universitário, Gernot Wagner, para a ‘Bloomberg’ mostra as vantagens de se viver em ambientes urbanos.

«Quase tudo está a dois ou três quarteirões de casa. Viver na ‘cidade dos 15 minutos’, onde tudo fica a 15 minutos a pé ou de bicicleta, é uma fonte de inspiração por um bom motivo», escreve o responsável.

Nos Estados Unidos, a média das famílias que vivem nos subúrbios das cidades é responsável por cerca de duas vezes mais emissões de CO2, do que aquelas que vivem dentro dos centros urbanos. «Os factores decisivos: riqueza e densidade», defende Wagner.

Riqueza normalmente significa mais emissões de carbono, menos densidade. As cidades são relativamente ricas e densas, no entanto os subúrbios são ricos, mas não têm densidade, o que conduz a elevadas emissões de carbono.

«Mais importante ainda, riqueza aliada à densidade cria oportunidades reais para cortes significativamente maiores nas emissões, começando com a mobilidade urbana. Nós, nova-iorquinos, estamos a olhar com inveja para Paris, Londre , Barcelona e qualquer outro local que priorize as pessoas acima dos carros», refere o especialista.

Para Wagner, não há outra escolha «a não ser fazer com que as cidades funcionem para as pessoas e para o clima», contudo sublinha que «conduzir as cidades em direcção a emissões de carbono ainda mais baixas requer políticas inteligentes que vão para além de mais ciclovias».

«Existem muitas hipóteses, desde financiamento a códigos de construção e muito mais. A política, é claro, fundamental. Igualmente importante é perceber que a questão não é se as cidades vão resistir, mas sim como. O mesmo vale para o impacto do CO2», conclui.

Ler Mais