China insta Israel a parar de atacar Rafah, Egito condena “perigosa escalada”

O exército de Israel anunciou esta terça-feira ter assumido o “controlo operacional” do lado da Faixa de Gaza da passagem fronteiriça com o Egito em Rafah, onde está em curso uma “operação antiterrorista precisa” contra militantes do Hamas.

A China instou Israel a “parar de atacar Rafah”, depois de o Exército israelita ter anunciado que tinha tomado o controlo do lado de Gaza da passagem de Rafah entre a Faixa de Gaza e o Egito.

“A China apela firmemente a Israel para que atenda aos vários pedidos da comunidade internacional, pare de atacar Rafah e faça tudo o que estiver ao seu alcance para evitar uma crise humanitária mais grave na Faixa de Gaza”, declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, Lin Jian.

Também o Governo egípcio condenou a tomada israelita do lado palestiniano do posto fronteiriço de Rafah como uma “perigosa escalada”.

“O Egito condenou com a maior veemência as operações militares israelitas na cidade palestiniana de Rafah e o consequente controlo israelita do lado palestiniano do posto fronteiriço de Rafah”, declarou o Ministério dos Negócios Estrangeiros em comunicado.

No mesmo sentido, o alto representante da União Europeia (UE) para Assuntos Externos e Segurança, Josep Borrell, alertou que a ofensiva terrestre empreendida pelo Exército israelita em Rafah provocará uma crise humanitária “ainda maior” do que a que Gaza já sofre.

“Certamente a situação é muito preocupante. Não posso antecipar as perdas humanitárias que isto vai originar”, alertou Borrell, perante a imprensa, à chegada a um Conselho de Ministros europeu do Desenvolvimento.

“Produzirá outra grande crise humanitária, ainda maior do que a que existe. Veremos como podemos mitigar as consequências desta situação”, acrescentou.

O chefe da diplomacia da UE lamentou que a ofensiva terrestre israelita contra Rafah (sul de Gaza) tenha iniciado apesar de todas as petições da comunidade internacional”.

“Temo que esta vá causar de novo muitas baixas civis”, insistiu e recordou que na Faixa de Gaza há mais de 600 mil crianças que serão “empurradas para zonas seguras”, sublinhando que não há “zonas seguras” em Gaza.

Ler Mais