China defende aliança com a Rússia mas não lhe oferece ajuda militar ou económica

A invasão na Ucrânia está quase no seu terceiro mês e, apesar da declarada cooperação com a Rússia, a China continua a não enviar armas ou qualquer apoio militar para o país aliado. Também não oferece auxílio financeiro, contrariando as previsões de diversos analistas.

Membros da administração Biden não esconderam à Reuters o seu alívio por constatarem isso mesmo, que o “apoio militar e económico que os preocupava não se materializou”.

A China tem evitado celebrar novos contratos entre as suas refinarias de petróleo e a Rússia, isto embora pudesse beneficiar de grandes descontos.

O governo liderado por Xi Jinping mantém uma postura ambígua há quase três meses, como informa o El Mundo. Não condena a invasão russa da Ucrânia mas defende a soberania ucraniana.

Externamente, Pequim assume uma posição neutra no conflito. Internamente, a posição que predomina é a da propaganda do Kremlin.

Nos meses de março e abril, a China sugeriu que poderia desempenhar um papel de mediador no conflito, mas isso não se chegou a concretizar. Apesar da pressão do Ocidente para exercer a influência que tem junto de Putin para se encontrar uma solução, Xi Jinping pouco fez além de apelar à paz.

Desde o início da invasão da Ucrânia, o presidente chinês já falou com quase todos os principais atores internacionais: Putin, Biden, Macron, Scholz ou Von der Leyen. Mas resiste em falar com o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky.

Neste momento não há sinais que indiquem que a China tenciona sequer enviar ajuda humanitária para a Ucrânia.

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