Chega pede demissão do ministro da Saúde

André Ventura, presidente do Chega, pediu esta terça-feira a demissão do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, após ter sido revelado que o socialista ocupava o cargo sócio-gerente na empresa “Manuel Pizarro – Consultadoria, Lda”.

Pizarro justificou-se com o facto de empresa em questão já estar em processo de dissolução, mas a resposta não chegou para o partido de Ventura, que exige que Pizarro abandone o cargo, tendo mesmo já dado entrada com uma ação para o efeito no Tribunal Constitucional (TC).

“A situação é suficientemente grande para exigir uma intervenção [do TC], pelo que o Chega pediu para analisar os contornos da situação”, adiantou o líder do Chega, dizendo que se está presente “uma ilegalidade originária”, acusando o ministro da Saúde, que recentemente tomou posso, de chegar ao cargo já em situação “ilegal/irregular”. “A tomada de posse obriga ao afastamento de todos os cargos, e isso não aconteceu”, lamentou Ventura.

André Ventura avançou aos jornalistas que o partido já fez participação ao Ministério Público junto do Tribunal Constitucional, para avançar com um processo de averiguações, “que leve à demissão forçada do cargo” do ministro da Saúde. O pedido de abertura de inquérito já deu entrada no Constitucional, de acordo com o partido.

O presidente do Chega crítica ainda o primeiro-ministro, António Costa, por não ter avançado ele com a demissão de Pizarro: “O bom senso ditaria que o ministro se demitiria ou que o primeiro-ministro tomaria a decisão. E a explicação do ministro não colhe”, sublinhou Ventura.






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