Chega é o único partido que não integra comissão para transladar Aristides Sousa Mendes para o Panteão

O Chega é o único partido que não faz parte do grupo de trabalho, constituído esta sexta-feira por despacho de Ferro Rodrigues, que vai preparar a trasladação de Aristides de Sousa Mendes para o Panteão Nacional.

Como avança a Renascença, o Chega ficou de fora por vontade do seu líder e único deputado, André Ventura.

A decisão de transportar para o Panteão o corpo do antigo cônsul de Portugal em Bordéus, que permitiu a fuga para o nosso país de milhares de judeus durante a Segunda Guerra Mundial, foi tomada pela Parlamento, no dia 3 de Julho.

A iniciativa foi, inicialmente, de Joacine Katar Moreira, quando ainda era deputada pelo Livre. O Chega foi o único partido que se absteve, por decisão de André Ventura.

Um comunicado divulgado na página do Parlamento esta sexta-feira lembra que o objectivo é “homenagear e perpetuar a memória de Aristides de Sousa Mendes, enquanto homem que desafiou a ideologia fascista, evocando o seu exemplo na defesa dos valores da liberdade e dignidade da pessoa humana e concedendo-lhe Honras de Panteão”.

O grupo de trabalho é então composto por um representante de cada grupo parlamentar: os deputados Pedro Delgado Alves (PS), que coordena, Filipa Roseta (PSD), Beatriz Dias (BE), António Filipe (PCP), Ana Rita Bessa (CDS-PP), Nélson Silva (PAN) e Mariana Silva (PEV). Também fazem parte as deputadas não inscritas Joacine Katar Moreira (ex-Livre) e Cristina Rodrigues (ex-PAN).

Além disso, dois elementos da família de Aristides de Sousa Mendes e representantes de entidades públicas, por decisão do grupo de trabalho, vão ser envolvidas no programa de panteonização, indica ainda o comunicado.

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