CGD vai pagar 300 milhões em dividendos ao Estado

O banco liderado por Paulo Macedo prepara-se para pagar, em 2020, dividendos na ordem dos 300 milhões de euros de euros ao Estado, relativos ao resultado deste ano, de acordo com informação obtida pelo “Expresso”.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) voltou a distribuir dividendos ao seu acionista único, o Estado, no montante total de 200 milhões de euros, com base nas contas do ano passado (lucro de 496 milhões de euros), depois de quase uma década sem fazê-lo. Em 2020, vai repetir o pagamento.

Em dois anos, a CGD prepara-se para dar 500 milhões a Mário Centeno só em remuneração accionista. Com esta distribuição, Paulo Macedo irá beneficiar as contas de Mário Centeno, em fase de elaboração do Orçamento do Estado para o próximo ano, entregue a 15 de Dezembro. 

Nos primeiros nove meses do ano, a CGD obteve um lucro de 641 milhões de euros, impulsionados pela venda das operações em Espanha e na África do Sul. Mas é sobre os resultados de todo o ano que se fazem os cálculos de distribuição de dividendos. Ainda assim, segundo as estimativas actuais, é um valor em torno dos 300 milhões. Todavia, como sublinha o “Expresso”, é preciso esperar, pois Paulo Macedo refere constantemente que o caminho até à distribuição de resultados é longo e incluí a não oposição da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu. Por esse motivo, quando contactado pelo semanário, o banco não fez comentários.

Esta remuneração acumulada de 500 milhões de euros em dois anos é, ainda assim, uma pequena parcela dos 3,9 mil milhões de euros que foram injectados na CGD em 2017, no âmbito do plano de capitalização.






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