CEOs estão mais confiantes

Este ano está a ser encarado pelos CEOs como um ano de desafios a nível global, mas a confiança relativamente à empresa que gerem está a aumentar. O relatório anual da PwC, resultado de um inquérito a 1379 CEOs de 79 países, revela que os níveis de confiança estão a subir: 38% dos entrevistados acreditam nas perspectivas de crescimento da sua empresa para os próximos 12 meses, o que significa uma subida de 3% face ao relatório do ano passado.

Expansão orgânica deverá ser o principal impulsionador do crescimento das empresas, de acordo com 79% dos inquiridos. O estudo indica ainda que 41% dos CEOs planeia operações de fusão ou aquisição em 2017 e que 23% pretende fortalecer as suas capacidades de inovação para capitalizar novas oportunidades.

A PwC identificou também os principais países com melhores oportunidades de crescimento: Estados Unidos da América, China, Alemanha, Reino Unido e Japão. Esta lista mostra que tanto a eleição de Donald Trump como o Brexit não assustam os CEOs.

Quanto às principais preocupações, destaque para incerteza económica (82%), excesso de regulação (80%), disponibilidade de capacidades essenciais (77%) e proteccionismo (59%). Os CEOs inquiridos revelam também reticências relativamente à globalização. Se, em 1998, o mesmo estudo mostrava que os CEOs estavam optimistas face à globalização, este ano parecem estar mais preocupados com as consequências deste fenómeno, nomeadamente o fosso entre ricos e pobres.

Por fim, os CEOs estão preocupados com as capacidades e talento dos colaboradores, tendo este factor duplicado face a 1998. Mais de metade dos inquiridos espera aumentar o número de funcionários ao longo deste ano, especialmente nas áreas de gestão de activos, saúde e tecnologia. Por outro lado, 16% prevê reduzir os quadros laborais, sendo que, neste caso, 80% dos postos eliminados devê-lo-ão à automatização do trabalho.

Bob Moritz, global chairman da PwC, revela ainda que os CEOs estão especialmente preocupados com a falta de habilidades no campo das soft skills: «Inovação e capacidade relacional não podem ser programadas. Por isso, para conseguir a mudança de que os CEOs precisam, é necessário um equilíbrio entre tecnologia e habilidades humanas insubstituíveis.»

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