Centenas de migrantes na sede e balcões da AIMA exigem explicações para taxa de 400 euros. PSP chamada para acalmar tensões

Vários imigrantes relatam ter recebido notificações por e-mail da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) solicitando o pagamento de uma taxa, no ‘apertado’ prazo de dez dias úteis, para que o agendamento que fizeram, com pedidos urgentes de residência, por exemplo, seja concretizado. O caso desencadeou uma corrida aos balcões da agência, com centenas de migrantes à procura de esclarecimentos. Esta segunda-feira, no Porto e em Lisboa, geraram-se momentos de tensão, com filas com largas dezenas de pessoas.

No Porto, nos balcões da AIMA, havia quem relatasse ter chegado ás 6h00 desta segunda-feira, apenas para ficar na enorme fila e, pelas 11h00, ouvir uma funcionária dizer que “já não há senhas” para atendimento.

Os imigrantes expressam à SIC frustração com a falta de clareza do site da AIMA e com a escassez de informações fornecidas. Muitos também relataram que o link fornecido no e-mail para ter acesso às instruções de pagamento não estava a funcionar corretamente.

A situação não foi diferente em Lisboa, onde a aglomeração nos balcões da AIMA levou à intervenção da Polícia de Segurança Pública (PSP) para garantir a ordem no local. Segundo a SIC, viveram-se alguns momentos de tensão, pelo que as autoridades foram chamadas a sanar os ânimos.

Nos últimos meses, desde a mudança de nome da AIMA (anteriormente conhecida como SEF), os processos dos imigrantes têm-se acumulado, levando a uma sobrecarga nos serviços e dificuldades em atender à alta demanda. Esta situação foi exacerbada nos últimos dias com o envio em massa dos e-mails a exigir o pagamento das taxas, contribuindo para a confusão e agitação entre os imigrantes.

Recorde-se que se está a cobrar-se uma taxa de 397,90 euros aos migrantes por este processo. O valor é bem acima do que os migrantes esperavam, e quase cinco vezes mais do que era anteriormente, antes de o processo ser “simplificado”. Previamente às mudanças, a taxa era de 84 euros.

Mesmo quem deu entrada com o processo antes da mudança de preços, vê-lhe agora ser cobrado o valor mais alto.

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