Caso das gémeas: mãe das meninas “mentiu” ao país para “proteger alguém em Portugal ou no Brasil”, acusa André Ventura

André Ventura, presidente do Chega, acusa esta segunda-feira Daniela Martins, mãe das gémeas luso-brasileiras inquirida na passada sexta-feira no Parlamento, de ter mentido “para proteger alguém em Portugal ou no Brasil”.

Em resposta às críticas de Pedro Nuno Santos, que se confessou “envergonhado” com o que viu na Assembleia da República, André Ventura acusa que o “que choca o líder do PS é que alguém votado pelos contribuintes confronte quem aparece numa comissão parlamentar de inquérito com absolutas incoerências, inverdades e evidentes omissões”.

“À luz dos acontecimentos, tenho praticamente uma certeza: a mãe das gémeas mentiu, omitiu gravemente a informação que tinha e está a proteger alguém em Portugal ou no Brasil”, refere o líder do Chega.

“Esta convicção alicerça-se na permanente fuga de responsabilidades. Em qualquer outro país, o país teria exigido uma atuação da Justiça mais célere, mas os principais responsáveis partidários optaram por soluções ridículas ou de proteção. O Presidente da República diz que não ouviu a CPI, como o compreendo. Mas é estranho que Marcelo diga que não se preocupou ouvir esta audição sobre um caso de uma cunha que vai até ao coração da Presidência”, atira André Ventura, que indica que “por parte dos responsáveis partidários a indignação é sobre a forma como o Chega inquiriu Daniela Martins, e não com as suas omissões e contradições.”

“Toda e em qualquer família farão tudo o possível para que os seus filhos sejam salvos. Isso não dá direito a ninguém de não revelar perante o país que lhe pagou os tratamentos aos filhos a verdade dos factos, ou omitir informação mesmo quando confrontada com essa informação. Quem beneficiou de um tratamento de 4 milhões de euros que os contribuintes pagaram entendeu não dever dizer mais do que generalidades, que não se lembrava de qualquer email ou contacto.”

“A empatia será sempre com quem passou essa situação, mas também tenho empatia pelos milhões de portugueses que pagam impostos para sustentar o SNS e não podem ser burlados como foram”, conclui André Ventura.

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