Campanha de Kamala Harris perde fôlego para Trump na reta final da campanha

A três semanas das eleições presidenciais nos Estados Unidos, a corrida entre Kamala Harris e Donald Trump continua a ser definida pela máxima igualdade. No entanto, entre o lado democrata, surgem preocupações com as sondagens mais recentes, que mostram que a vice-presidente americana está a perder força para o candidato republicano.

Segundo o jornal espanhol ‘ABC’, três sondagens nacionais publicadas este fim de semana mostraram que Harris está a perder a pequena vantagem que tinha sobre Trump. Nos estados indecisos – Pensilvânia, Michigan, Wisconsin, Geórgia, Arizona, Nevada e Carolina do Norte -, Trump está a fazer progressos.

Nas duas sondagens cumulativas mais comummente referidas – as da ‘FiveThirtyEight’ e da ‘RealClearPolitics’ – não houve uma vantagem acima de 3,5 pontos, muito próxima da margem de erro da maioria das sondagens. Tem-se notado tendências favoráveis a um e outro, sendo que Harris, em meados de agosto, tem mantido uma pequena diferença favorável nas sondagens de cerca de dois pontos acima do seu rival.

No entanto, essa posição tem-se deteriorado: de acordo com a última sondagem da ‘NBC News’, há um empate entre Trump e Harris, com 48% de apoio por cada candidato, o que representa uma mudança decisiva face a setembro, em que a candidata democrata gozava de uma vantagem de cinco pontos. Essa vantagem também se ‘esfumou’ na sondagem da ‘ABC News/Ipsos’, com Harris a 50% de apoio e Trump com 48% – no mês passado, obtiveram, respetivamente, 52 e 36%. Por último, a sondagem da ‘CBS News/YouGov’, que dá ao candidato democrata três pontos de diferença em relação a Trump (51%-48%), enquanto em setembro eram quatro pontos.

A campanha de Harris tenta manter o otimismo e sustenta que na maioria das sondagens Trump não ultrapassa o limite dos 48%, que é o seu teto. E que a sua candidata, no entanto, tem margem para crescer até às eleições. Mas o maior problema de Kamala Harris não está nas sondagens nacionais, mas sim a forma como as coisas estão a correr nos sete estados decisivos.

A vantagem mínima que tinha na chamada ‘parede azul’ – Pensilvânia, Michigan e Wisconsin, se vencer nestes estados do Norte conseguiria uma vitória apertada – desapareceu e o empate é total. E noutros estados importantes do Sul que Biden venceu em 2020, como o Arizona, Trump está a ganhar terreno. Uma sondagem sobre este estado publicada esta segunda-feira dá-lhe uma vantagem de seis pontos.

Muitos dos esforços democratas centram-se na recuperação do apoio em dois bastiões democratas: o eleitorado negro e o eleitorado hispânico. Sobretudo entre os homens. A mudança masculina para Trump entre estes eleitores reflete-se nas sondagens: de acordo com uma sondagem recente do ‘The New York Times’ e do Siena College, 15% dos votos dos negros iriam para o ex-presidente, mais seis pontos do que obtiveram em 2020. Entre os hispânicos, Harris obtém apenas 56% de apoio, em comparação com os 62% que Biden obteve há quatro anos.

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