Calor extremo causa mais de 175 mil mortes anualmente em toda a região europeia, alerta OMS
O calor extremo mata pelo menos 175 mil pessoas anualmente na região europeia, onde as temperaturas continuam a subir rapidamente, alertou esta quinta-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS), que lembrou que a Europa está entre as regiões de aquecimento mais rápido do mundo, com temperaturas a subirem em cerca de duas vezes a taxa média global.
As pessoas na região europeia da OMS estão “a pagar o preço máximo” pelo calor severo, alertou o diretor da OMS para a Europa. “O stress por calor é a principal causa de morte relacionada ao clima na região”, revelou Hans Henri P. Kluge. “Os extremos de temperatura exacerbam condições crónicas, incluindo doenças cardiovasculares, respiratórias e cerebrovasculares, saúde mental e condições relacionadas ao diabetes.”
A região europeia da OMS inclui 53 países da Europa e do Cáucaso, além de países da Ásia Central, como Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão e Usbequistão.
De acordo com as estimativas da OMS, houve cerca de 489 mil mortes relacionadas ao calor globalmente a cada ano entre 2000 e 2019. A região europeia é responsável por 36% dessas mortes, ou em média 176.040 a cada ano. No geral, as mortes relacionadas ao calor na região aumentaram cerca de 30% nas últimas duas décadas.
O responsável da OMS pediu aos países que desenvolvam planos de ação de saúde e calor, que são “um processo de adaptação crucial” para tornar as comunidades mais resilientes às ondas de calor: atualmente, mais de 20 países na região têm planos semelhantes — mas isso “não é suficiente para proteger todas as comunidades”, alertou Kluge.