Caixa Geral de Depósitos reduziu 337 trabalhadores até setembro
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) reduziu 337 trabalhadores entre janeiro e setembro deste ano, em Portugal, segundo os resultados dos primeiros nove meses hoje divulgados.
No final de setembro, a CGD tinha 6.763 trabalhadores na atividade doméstica, menos 337 do que os existentes no final de 2019 (7.100).
Já se a comparação for feita com setembro de 2019, a redução de trabalhadores no espaço de um ano é ainda mais substancial: 658 trabalhadores.
A CGD espera ter, no total deste ano, um custo de 75 milhões de euros com a saída negociada de empregados (sobretudo através de pré-reformas, mas também através de rescisões por mútuo acordo).
Segundo o presidente executivo, Paulo Macedo, o banco mantém o objetivo de cumprir o número de empregados que constam do plano de Reestruturação acordado com a Comissão Europeia, pelo que espera que no final de 2020 a CGD tenha 6.629 pessoas no perímetro doméstico e pouco mais de 7.000 no total (atividade doméstica e internacional).
De acordo com estes dados, tal significa que este ano ainda terão de sair mais de 100 trabalhadores da CGD em Portugal.
Paulo Macedo considerou que são boas as condições da CGD para a saída de trabalhadores e que por esse motivo tem sido pacífico cumprir os números acordados com Bruxelas.
“As metas anuais de trabalhadores têm sido cumpridas por causa da grande vontade de muitas pessoas em terem pré-reforma aos 55 anos e quererem fazer rescisões por mútuo acordo em melhores condições do que outros bancos do mercado. Há interesse da Caixa, mas isto não é uma pena para as pessoas ou não tinham saído de forma relativamente pacífica. A maior parte tem saído por pré-reforma, com 80% do ordenado líquido que depois passará a 90%”, disse.
Na rede comercial, no final de setembro, o banco público tinha 551 agências, espaços Caixa e gabinetes de empresas, acima das 548 de dezembro passado.
A CGD teve lucros de 392 milhões de euros entre janeiro e setembro deste ano, menos 39% do que em igual período de 2019. Para a queda dos lucros contribuiu o reforço de 220 milhões de euros em imparidades e provisões para fazer face à evolução da economia desencadeada pela pandemia da covid-19.