Caixa Geral de Depósitos avalia processar ex-gestores por créditos a Berardo
Advogados da CGD analisam se houve violação no cumprimento dos deveres de diligência por parte de antigos gestores. Em causa estão créditos de 400 milhões de euros atribuídos a Berardo.
A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a ponderar avançar com acções judiciais contra os antigos administradores que participaram na decisão de financiar a compra de acções do BCP pelo empresário Joe Berardo.
Joe Berardo obteve créditos de 350 milhões de euros da CGD para comprar acções do BCP. Além deste valor dado à Fundação Berardo, foi ainda atribuído um crédito de 50 milhões de euros à Metalgest, com pareceres de risco condicionado. De acordo com o Jornal Económico, que cita fonte próxima do processo, a análise jurídica dos advogados das três sociedades contratadas pela CGD foca-se no cumprimento dos deveres de diligência dos ex-gestores da administração de Carlos Santos Silva, cujas decisões deveriam ter sido cautelosas e criteriosas.
Caso se conclua que houve uma violação no cumprimento dos seus deveres, o banco poderá avançar com acções por responsabilidade solidária. Neste tipo de processo judicial, “não é necessário que a responsabilidade seja dolorosa para os antigos gestores serem condenados, sendo “suficiente provar que houve negligência”, explica o jornal.