CGD tem cada vez menos serviços no interior e ilhas. Clientes que queriam levantar dinheiro, só o conseguem fazer com cartão

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a implementar uma transformação significativa na sua rede de agências, convertendo várias delas em Noma Smart, espaços reduzidos que não oferecem serviços de tesouraria presencial. Em vez de atendimento ao balcão, estas novas agências disponibilizam apenas máquinas automáticas para levantamentos e depósitos, acessíveis apenas a clientes com cartão de débito.

A alteração está a ser realizada principalmente em áreas do interior e nas ilhas, onde a população apresenta dificuldades no acesso a meios eletrónicos, como idosos e pessoas com baixa literacia financeira, revela o ‘Público’.

Este movimento resulta na perda de serviços completos do banco público em várias sedes de concelho, afetando não só os cidadãos, mas também empresas e órgãos autárquicos que dependem da tesouraria aberta para a sua operação.

Além de reduzir o número de trabalhadores por agência, que agora varia entre um a três funcionários, as novas Noma Smart limitam o apoio ao cliente, focando-se apenas na venda de produtos e na abertura ou encerramento de contas, revela a mesma fonte. O sistema exige que os clientes utilizem os novos equipamentos, o que pode ser um desafio para aqueles que não estão familiarizados com a tecnologia.

A mesma fonte revela que funcionários terão que interromper os serviços automáticos diariamente para gerir as máquinas, o que poderá resultar em longas esperas e sobrecarga nas agências que ainda mantêm atendimento completo.






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