Café, ketchup e Nike Air Max. Pandemia dita novas tendências de consumo

Café instantâneo, ketchup, calças de ioga da Lululemon e sapatilhas Nike Air Max fazem parte da nova economia de consumo pandémica dos Estados Unidos.

“Tudo o que sabíamos sobre oferta e procura podemos essencialmente ‘atirar pela janela’ porque o comportamento do consumidor mudou completamente”, disse Piotr Dworczak, professor assistente de economia na Universidade Northwestern, nos Estados Unidos, citado pela agência Reuters.

Uma análise da agência a um variado cabaz de bens mostra como a pandemia fez renascer um modelo de consumo com décadas de existência para tudo, do vestuário à alimentação – o que tem dado a algumas empresas poder para aumentar os preços ou retirar descontos.

Segundo os especialistas do comércio retalhista, muitas das novas tendências podem ser atribuídas a um factor: teletrabalho.

Repentinamente, uma economia orientada para um consumidor com trabalho e gastos domésticos bem delineados mudou profundamente. O aumento da procura de certos artigos, bem como as rupturas globais de cadeias de fornecimento, fizeram subir os preços.

Os americanos estão agora a consumir mais café, ovos, presunto fatiado, ketchup e queijo, por exemplo, de acordo com a análise da Reuters dos últimos dados de preços da Nielsen Co, da Brewers Association e da StyleSage Co.

Curiosamente, a procura e, consequentemente, os preços também aumentaram para artigos mais caros. Destaca-se a compra de sapatilhas Air Max para homem da Nike masculina, no valor de 106 dólares, calças de ioga da Lululemon, a 105 dólares, e até uma bolsa da Louis Vuitton de 1500 dólares.

Vários economistas atribuem esta aparente discrepância de comportamento ao facto de muitas pessoas, incapazes de gastar no ‘exterior’, terem mais dinheiro em mãos.

Ler Mais