Cabaz de bens essenciais está 53 euros mais caro do que antes da guerra na Ucrânia. Só o azeite disparou 154%
O cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, custava esta quarta-feira 236,60 euros, uma ligeira descida face ao preço da semana anterior (de 1,38 euros, menos 0,58%). Mas, se compararmos o mesmo conjunto de produtos com o preço verificado antes do começo da guerra na Ucrânia, a 23 de fevereiro de 2022, o aumento é notório: de 52,97 euros.
Há praticamente dois anos, o cabaz de produtos essenciais custava 183,63 euros, menos 28,85% do que atualmente.
Olhando a antes do começo da invasão russa à Ucrânia, a analise revela que há vários produtos com aumentos de preços verdadeiramente vertiginosos, até acima de 100%.
De acordo com Deco/Proteste, são estes os 10 produtos que mais aumentaram desde 23 de fevereiro de 2022: azeite virgem extra (154%), cebola (77%), laranja (76%), arroz carolino (73%), polpa de tomate (66%), batata vermelha (61%), açúcar branco (59%), pescada fresca (56%), salsichas frankfurt (51%) e carapau (50%).
Já observando apenas a última semana, entre 7 de fevereiro e esta quarta-feira, os produtos que mais tinham subido de preço eram os seguintes: laranja (15%), maçã gala (10%), febra de porco (8%), peito de peru fatiado (6%), ovos (6%), batata vermelha (6%), salmão (5%), bacalhau (5%), feijão cozido (4%) e robalo (4%).
Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (42,79%, mais 18,03 euros), e na carne (26,64%, mais 8,59 euros).
Cabaz IVA zero desceu na última semana
O cabaz definido de produtos essenciais aos quais era aplicada a medida do IVA zero (que terminou a 4 de janeiro), voltou a descer de preço na última semana. Segundo uma análise da Deco/Proteste ao conjunto de 41 produtos, o cabaz IVA zero desceu 1,47 euros na última semana (-1,01%), custando agora 143,86 euros.
Comparando com o último dia de IVA zero e até esta quarta-feira, regista-se um aumento de 5,095 euros (+3,67%) no preço do cabaz. Comparando com o início do ano, o aumento é de 0,58 euros (0,40%).
Segundo a análise, há produtos que subiram bem acima dos 6% de IVA (ou 13%, no caso do óleo alimentar) que voltou a ser aplicado. Por exemplo, comparando com o último dia em que vigorou a medida, o iogurte líquido aumentou 18%, o óleo alimentar 15%, o carapau 15%, o pão de forma sem côdea 14%, a curgete 11% e o azeite virgem extra 11%.
Entre 7 de janeiro e 14 de fevereiro, foram estes os produtos que mais aumentaram de preço: laranja (15%), maçã gala (10%), febra de porco (8%), ovos (6%), batata vermelha (6%), bacalhau (5%), cenoura (4%), queijo curado fatiado embalado (3%), perna de peru (3%) e manteiga com sal (2%).