Cabaz de bens essenciais custa mais 12 euros do que há um ano. Preços da pescada e azeite sobem mais de 50%

O cabaz de 63 bens essenciais monitorizado pela DECO PROTESTE, custava esta quarta-feira 238,60 euros, uma ligeira subida face ao preço da semana anterior (de 1,89 euros, mais 0,80%). Mas, se compararmos o mesmo conjunto de produtos com o preço verificado há precisamente um ano, o aumento é de praticamente 12 euros, 11,89, mais 5,25%.

De acordo com a análise, comparando os preços desta quarta-feira com os de 22 de fevereiro de 2024, verificam-se que foram os seguintes produtos os que ficaram mais caros: azeite virgem extra (64%), pescada fresca (53%), cereais (46%), laranja (35%9, salsichas frankfurt (29%), cebola (20%), flocos de cereais (18%), massa esparguete (17%), atum posta em azeite (15%), batata vermelha (15%).

Olhando a antes do começo da guerra na Ucrânia, a 23 de fevereiro de 2022, o aumento é ainda mais notório: de 54,86 euros. Há praticamente dois anos, o cabaz de produtos essenciais custava 183,63 euros, menos 29,88% do que atualmente.

Olhando a antes do começo da invasão russa à Ucrânia, que assinala o seu segundo aniversário este fim de semana, a analise revela que há vários produtos com aumentos de preços verdadeiramente vertiginosos, até acima de 100%.

De acordo com Deco/Proteste, são estes os 10 produtos que mais aumentaram desde 23 de fevereiro de 2022: azeite virgem extra (148%), pescada fresca (94%), cebola (83%), carapau (65%), laranja (63%), batata vermelha (61%), popa de tomate (61%), açúcar branco (59%), arroz carolino (54%) e salsichas frankfurt (53%).

Pescada dispara 24% numa semana
Já observando apenas a última semana, entre 14 de fevereiro e esta quarta-feira, os produtos que mais tinham subido de preço eram os seguintes: pescada fresca (24%), massa esparguete (15%), carapau (10%), massa espirais (9%), atum posta em óleo vegetal (8%), iogurte líquido (5%), maçã gala (5%), atum posta em azeite (5%), salmão (4%) e alho seco (4%).

Olhando a categorias de produtos, os maiores aumentos percentuais, desde início da guerra, foram registados na mercearia (41,71%, mais 17,58 euros), e no peixe (32,64%, mais 19,35 euros).

Cabaz IVA zero também subiu na última semana
O cabaz definido de produtos essenciais aos quais era aplicada a medida do IVA zero (que terminou a 4 de janeiro), subiu de preço na última semana. Segundo uma análise da Deco/Proteste ao conjunto de 41 produtos, o cabaz IVA zero aumentou 1,62 euros na última semana (1,13%), custando agora 145,48 euros.

Comparando com o último dia de IVA zero e até esta quarta-feira, regista-se um aumento de 3,51 euros euros (+2,47%) no preço do cabaz. Comparando com o início do ano, o aumento é de 2,20 euros (1,54%).

Segundo a análise, há produtos que subiram bem acima dos 6% de IVA (ou 13%, no caso do óleo alimentar) que voltou a ser aplicado. Por exemplo, comparando com o último dia em que vigorou a medida, o carapau aumentou de preço em 26%, o iogurte líquido 25%, o óleo alimentar 17%, a cebola 11% ou o atum posta em azeite 10%.

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