Bruxelas aponta à habitação em Portugal: Queda de preços é “improvável” e vai continuar a haver escassez

A Comissão Europeia analisou o cenário nacional no âmbito da habitação, onde concluiu que não se espera uma descida nos preços das casas e que se vai continuar a verificar escassez de oferta no setor.

No documento referente à avaliação de Portugal no âmbito do ciclo do Semestre Europeu de 2023, Bruxelas considera que “os preços da habitação continuem a crescer, mas a um ritmo inferior, sendo improvável uma redução acentuada dos preços”.

“Espera-se que o crescimento dos preços das casas seja moderado daqui para frente, já que as taxas de juros estão a subir. Continuarão a existir certos constrangimentos de oferta e vão reduzir as margens para uma redução substancial dos preços das casas”, escreve a Comissão Europeia no documento.

Bruxelas calcula ainda que, na última década, os preços das casas em Portugal duplicaram em termos nominais, sendo que nos últimos três anos, de 2020 a 2022, registaram um aumento de cerca de 34%. Sublinha ainda que só em 2022 os preços das casas aumentaram cerca de 13%, e que a diferença média de valorização aumentou para 24% em 2022.

Em toda a Europa os reguladores têm aplicado medidas para fazer face à subida sem precedentes do preço dos imóveis, e a Comissão Europeia sublinha o papel do banco central português neste processo.

“O banco central [Banco de Portugal] adotou uma recomendação macroprudencial, reduzindo, a partir de 2023, a maturidade média dos empréstimos garantidos por hipotecas para 30 anos”, sublinham.

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