Brindes, nadadores-salvadores e cabos de esfregona: só 38 dos 284 contratos não foram realizados por ajuste direto

Dos 284 contratos celebrados por ocasião da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), só 38 não foram concretizados por ajuste direto, relatou esta segunda-feira o jornal ‘Observador’: os contratos já publicados no ‘Portal Base’ chegam quase aos 42 milhões de euros, sendo que só em ajustes diretos estão representados 23 milhões de euros.

Nos contratos estão incluídos, entre outros, a compra de comida, cabos de esfregonas ou vigilância privada, sendo que também houve a necessidade da contratação de nadadores-salvadores, equipas para limpeza de graffitis e brindes.

O contrato mais elevado foi destinado à reabilitação do aterro sanitário de Beirolas, na freguesia do Parque das Nações, em Lisboa: um investimento de 7 milhões de euros, através de concurso limitado por prévia qualificação, entre a Sociedade de Reabilitação Urbana de Lisboa e a empresa Oliveiras, S.A.

Os sistemas de áudio, vídeo, luz e energia consta igualmente entre os mais elevados: 6 milhões de euros, sem IVA, num concurso público lançado pela secretaria-geral da Presidência do Conselho de Ministros, ganho pela Pichel Light, Lda.

O polémico altar-mor está em 4º lugar, depois de um ajuste direto da Câmara de Loures à Alves Ribeiro para a preparação dos terrenos da zona ribeirinha da Bobadela por 4,7 milhões de euros: o preço do palco viria a descer dos 4,2 para os 2,98 milhões de euros, realizado pela Mota-Engil.

Recorde-se que a previsão de gastos pela organização do evento apontou para pelo menos 45 milhões de euros: 35 do Governo e Câmara Municipal de Lisboa e 10 da autarquia de Loures.

(em atualização)

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