Boom no mercado das bicicletas leva Portugal a investir cada vez mais na produção

Portugal está no auge no mercado das bicicletas. Para responder ao aumento da procura, o país está a investir em novas fábricas, a contratar trabalhadores e a lidar de forma positiva com a escassez de peças, avança o ‘New York Times’.

O jornal norte-americano dá ainda conta de que os problemas nos fornecimentos de peças estimularam a investimentos adicionais para ajudar a reduzir a dependência das importações asiáticas.

O nosso país é oficialmente o maior fabricante de bicicletas da União Europeia, a produzir quase um quarto das bicicletas do bloco. E a procura está a crescer, em parte graças à pandemia do coronavírus – para evitar transportes públicos, como desporto ou passeio. Além disso, os governos, cientes dos benefícios climáticos, estão a acrescentar mais ciclovias às suas cidades, entre as quais está Lisboa, mas também Paris, Berlim e Barcelona.

O grande beneficiado deste segmento de mercado é a região norte de Portugal, onde se concentram mais fabricantes de bicicletas – cerca de 60 empresas montam e fazem peças e acessórios.

O setor tornou-se um dos empregadores de crescimento mais rápido em Portugal, com a sua força de trabalho a crescer 65% nos últimos cinco anos, para 7.800 funcionários, de acordo com a Abimota, um grupo da indústria de bicicletas.

Um crescimento que se deve, aponta o ‘NYT’, às leis comerciais protecionistas, que impedem a entrada de bicicletas chinesas de baixo custo na União Europeia.

Além disso, enquanto muitos fabricantes interromperam a produção por faltarem peças da Ásia, devido aos problemas de fornecimento que afetaram tantas outras indústrias, Portugal optou, pelo contrário, por investimentos adicionais no país, incluindo aquela que se acredita ser a primeira fábrica da Europa a fazer quadros de bicicleta de fibra de carbono, que começou a operar em janeiro – a Carbon Team.

Por último, o jornal norte-americano dá ainda conta de que as empresas em Portugal estão a lutar para aumentar a produção de bicicletas, por forma a reduzir a dependência da Europa das importações da Ásia.

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