Boeing: Administradores pagam 225 milhões de dólares e escapam a processo de negligência pela morte de 346 pessoas

Alguns dos atuais e antigos administradores da Boeing assinaram um acordo de aproximadamente 225 milhões de dólares com um grupo de acionistas, que processou os gestores, alegando que os mesmos eram responsáveis por não garantirem a supervisão, fiscalização e cumprimento das normas de segurança dos modelos 737 MAX.

O envelope será pago pelas seguradoras da fabricante, assim que o juiz do Tribunal de Delaware aprovar o acordo. Segundo duas fontes contactadas pelo ‘Wall Street Journal’, a decisão será tomada esta sexta-feira.

No final de 2018 e no início de 2019, dois destes modelos tiveram acidentes graves, acabando por matar 346 pessoas.

Para além do montante pago, a empresa comprometeu-se a contratar um novo provedor e recrutar um administrador especialista em segurança aeronáutica.

O CEO David Calhoun não está envolvido no processo.

A Boeing traçou planos preliminares para um novo aumento da produção de até 42 jatos por mês do 737 MAX no outono de 2022, de acordo com informação apurada pela Reuters junto de fontes da empresa.

A concretização dos planos dependerá da procura, da situação sanitária dos fornecedores e do sucesso da Boeing na diminuição do excedente das aeronaves já fabricadas.

Recorde-se que a produção foi interrompida em 2019, depois de o modelo da Boeing ter sido suspenso na sequência de acidentes fatais com a aeronave.

A produção foi, entretanto, retomada em maio do ano passado, embora substancialmente reduzida, enquanto a empresa enfrentava um período de aprovações regulamentares.

Apesar de já ter recebido a aprovação por parte do Ocidente, a empresa ainda aguarda o sinal verde da China.

Fontes próximas do caso revelaram que a Boeing espera, provisoriamente, acelerar a produção mensal para cerca de 26 aeronaves por mês no final de 2021 na sua fábrica em Renton, perto de Seattle.

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