Boas notícias para as famílias com crédito à habitação: queda das prestações “vai manter-se ao longo dos meses de verão”

As famílias que têm um crédito à habitação podem respirar fundo em julho: isto porque vai manter-se a tendência da queda das prestações, até de uma forma mais expressiva, também fruto da diminuição das taxas médias Euribor, nas três maturidades, ao longo deste mês, conforme indicou em exclusivo à ‘Executive Digest’ Nuno Rico, especialista da DECO PROteste.

“As médias das taxas Euribor para este mês continuam a baixar, mais acentuada na de 3 meses do que na de 12 meses. Continua também a haver médias invertidas, ou seja, mais altas nas maturidades mais curtas. Mas já se começam a aproximar”, começa por revelar o especialista.

“Mantêm-se as boas notícias dos últimos dois meses. Em termos globais, a descida continua de forma bastante gradual em todas as maturidades, agora talvez mais acentuada nas maturidades mais curtas. A maior descida é nas prestações da Euribor a 12 meses porque se está a comparar com uma altura que atravessou o seu pico”, aponta Nuno Rico.

“A previsão é que esta tendência se mantenha por, pelo menos, dois, três meses, os meses de verão, considerando o atual contexto”, conclui.

Mas vamos a números:

Tomemos como exemplo um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos, com um spread (margem comercial do banco) de 1%:

– se o empréstimo tem como indexante a Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar no próximo ano irá descer para 774 euros, menos 32 euros (3,97%) em relação à prestação que pagou nos últimos 12 meses (806 euros). A taxa média registada este mês – dados até ao dia 26 de junho – foi de 3,658%.

– Já se o indexante for de 6 meses, prepare-se para entregar ao banco 779 euros, uma descida de 2,38% (19 euros) face a janeiro de 2024, quando a prestação se situava nos 798 euros. A taxa média de junho fixou-se nos 3,719%.

– por último, se tiver um contrato a 3 meses: a taxa Euribor registou este mês uma média de 3,727% o que significa em julho uma redução da sua prestação de 2,25%: desce de 798 para 780 euros, menos 18 euros face à prestação de abril último.

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