BNP Paribas avalia possibilidade de venda do seu braço norte-americano Bank of the West

O BNP Paribas está a avaliar a possibilidade de venda do Bank of the West, numa tentativa de se retirar do mercado bancário de retalho americano após lutar para competir com rivais maiores e mais capitalizados, apurou a ‘Reuters’ junto de fontes próximas do assunto.

Ao que tudo indica, o credor francês, que ultrapassou o rival britânico HSBC no ano passado tornando-se o maior banco da Europa em ativos, deverá separar-se do seu braço norte-americano sediado na Califórnia num negócio que pode avaliá-lo em cerca de 13,11 mil milhões de euros (15 mil milhões de dólares).

De acordo com as três fontes consultadas pela agência noticiosa, o JPMorgan e o Goldman Sachs estão a preparar o negócio de venda, trabalhando em estreita colaboração com o BNP para avaliar o interesse de possíveis licitantes, sendo que as conversações ainda estão numa fase inicial e nenhum acordo é certo.

Após o assunto ter sido noticiado, as ações do BNP dispararam mais de 4%, tendo tocado nos 5,11%.

Até ao momento, o BNP, o JPMorgan e o Goldman Sachs não comentaram o assunto.

Com 86,71 mil milhões euros (99,2 mil milhões de dólares) em ativos em 30 de junho, o Bank of the West é considerado o maior negócio do BNP fora da Europa.

Caso a venda se concretize, o presidente-executivo Jean-Laurent Bonnafé terá fundos suficientes para investir no continente onde o Banco Central Europeu está a instar os credores da região a avançarem com fusões, dado que estão atrás dos seus rivais americanos e chineses em lucratividade e tamanho desde a crise financeira de 2008.

Fundado há 147 anos, o Bank of the West tem atualmente opera 531 agências, tendo sido comprado comprado pelo BNP em 1979 e posteriormente fundido com a sua subsidiária local, o French Bank of California (FBC).