Bitola nas escolas espanholas: Três ou mais infecções serão consideradas um surto

O Governo espanhol decidiu esta quinta-feira que três ou mais infecções por coronavírus numa escola devem ser consideradas um surto, em vez de dois casos como foi inicialmente planeado. Para além disso o encerramento da escola só deve acontecer quando houver «uma transmissão descontrolada», avança o ‘La Vanguardia’.

Esta é uma das medidas previstas no documento «Guia para a acção antes do aparecimento de casos Covid-19 em estabelecimentos de ensino», aprovado esta quinta-feira na conferência presidida pelos Ministros da Saúde, Educação e Política Territorial.

Foi reconhecido que os cenários para o aparecimento de casos de coronavírus em escolas «podem ser altamente variáveis» O Executivo e as comunidades dividiram os cenários em quatro: o primeiro que consiste na ocorrência de um surto num único grupo numa sala de aula; o segundo é o de surtos em várias salas de aula sem vínculo epidemiológico; o terceiro cenário seria surtos em várias salas de aula com vínculo epidemiológico; por último o quarto cenário implica surtos no contexto de transmissão descontrolada.

Para cada cenário foi definidas medidas concretas que variam consoante a situação, mas podem ir desde o isolamento domiciliar dos casos, à identificação e quarentena dos contactos mais próximos, bem como, no último cenário de casos mais graves, à suspensão das aulas.

O  Ministério da Saúde espanhol registou 9.658 casos acumulados, sendo que 3.781 correspondem às últimas 24 horas, um número que eleva o total de infecções no país para 429.507. As regiões de Catalunha, Madrid, Aragão e País Basco são aquelas que registam mais novos casos.

Os novos dados mostram ainda a existência de mais 132 mortes na última semana.

Espanha é um dos países mais afectados no mundo pela pandemia. Com 47 milhões de habitantes, o país conta até hoje com mais de 29 mil mortes por covid-19, o que equivale a 110 casos por cada 100 mil habitantes, uma taxa que coloca o país no pódio dos 27 países europeus com a maior taxa de contágio, e o 10º a nível mundial.

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