Bitcoin caiu 50%. E agora? Mas a criptomoeda vai “ressuscitar”, garantem os especialistas
Os ataques de Elon Musk e de Pequim não pouparam a Bitcoin. A “criptoqueen” caiu 50% na última semana, 30’% num só dia. Hoje, a moeda digital mais cotada do mundo sofreu uma correção de 12,46% para os 31.284,51 euros.
Esta semana, o “crypto fear and greed index”, índice que mede o receio e a expetativa de lucro em relação à Bitcoin – onde 100 representa confiança plena – caiu para 11, uma descida a pique face aos 90 verificados em janeiro.
No entanto, para alguns economistas nem tudo está perdido: “As grandes quedas nas avaliações desta semana são saudáveis, porque permitem ao mercado compensar o excesso de especulação e consolidar a próxima fase de expansão”, defendeu Anatoly Crachilov, executivo da Sociedade de investimentos Nickel Digital, em declarações à ‘Forbes’.
“ A Bitcoin já viveu este padrão várias vezes. Este não é o fim, o mercado só esta a amadurecer”, esclarece Crachilov.
Varit Bulakul, presidente do banco de investimentos e ativos digitais Brooker Group, partilha da mesma opinião: “Esta queda é a correção, a curto prazo, de um mercado em expansão”, defende.
“Por outro lado esta queda expõe um problema claro sentido por muitos investidores: É necessária mais diversidade de investimento, não se pode apenas aplicar em Bitcoin, é preciso investir em outros criptoativos, independentemente do sucesso desta moeda”, acrescenta Bulakul, em entrevista à Reuters.
“Nos últimos dois trimestres assistimos a uma corrida desenfreada dos criptoativos, pelo que este recuo não é surpreendente, nem sequer negativo, mas sim uma fase de consolidação, para um novo crescimento”, sublinha Pete Humiston, diretor da Kraken Intelligence, citado pela agência britânica.
Para Mathew McDermott, diretor do recém-formado gabinete de gestão ativos digitais da Goldman Sachs, “o Bitcoin passou a ser reconhecido com um ativo que merece investimento. Ainda que com um risco muito próprio, em parte porque ainda é relativamente novo, acabará por recuperar ainda que lentamente “.
No final de 2017, a Bitcoin começou uma queda em cascata de quase 90% para os 16.380 euros, tendo recuperado meses mais tarde e atingido o preço recorde de 58 mil euros em março.