Binance e CEO processados por manipular milhares de milhões em ativos de clientes numa “teia de enganos”

A Binance, a maior exchange de criptomoedas do mundo, foi processada pelo supervisor financeiro norte-americano, a Securities and Exchange Commission (SEC), por não cumprir as regras de proteção ao investidor ao operar plataformas sem registos, misturar milhares de milhões de dólares de dinheiro dos clientes, entre outras acusações.

“Através de 13 acusações, alegamos que as entidades Zhao e Binance se envolveram numa extensa teia de enganos, conflitos de interesse, falta de divulgação e evasão calculada da lei”, disse o presidente da SEC, Gary Gensler.

Desta forma, consideram que Zhao e a Binance “enganaram os investidores sobre os seus controlos de risco e volumes de negociação”, e que estes tentaram manipular as regras do mercado de valores mobiliários norte-americano,

“A SEC alega que Zhao e a Binance exercem o controlo [efetivo] dos ativos dos clientes das plataformas, sendo-lhes permitido misturar ativos de clientes ou desviar ativos de clientes como quiserem, inclusivamente para uma entidade pertencente a Zhao, de seu nome Sigma Chain”, pode ler-se em comunicado.

O regulador alega ainda que “os réus ocultaram o facto de estarem a misturar milhares milhões de dólares, enviando-os depois para a Merit Peak Limited, que também pertence à CZ”.

Para além destas, a SEC também incluiu nas acusações a afiliada da Binance, com sede nos EUA, BAM Trading Services Inc.

“O público deve ter cuidado ao investir qualquer um de seus ativos nesstas plataformas ilegais”, sublinha a SEC.

As acusações da SEC seguem uma reclamação da Comissão de Negociação de Futuros e Commodities dos Estados Unidos (CFTC) contra a Binance em março deste ano, quando abriu uma reclamação por causa dos produtos de derivativos de criptomoedas oferecidos pela exchange.

Em reação ao comunicado, a exchange afirmou, através de uma publicação no seu blog, que leva a sério as alegações da SEC. No entanto, elas “não devem ser objeto de uma ação de fiscalização, muito menos em caráter de emergência”.

Sublinham ainda que “quaisquer alegações de que os ativos dos utilizadores na plataforma Binance.US já estiveram em risco são simplesmente erradas, e não há justificação para esta ação tendo em vista o tempo que a equipa teve para conduzir a sua investigação”.

 

 

 

 

 

 

 

 

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