Binance contraria despedimentos de outras ‘exchanges’: CEO anuncia 2.000 novas vagas
Contrastando com o recente anúncio de outras empresas para o corte de uma série de postos de trabalho, Changpeng Zhao, o CEO da ‘exchange’ de criptomoedas Binance anunciou esta quarta-feira, através do Twitter, que abriu 2.000 novas vagas na empresa.
“Não foi fácil dizer não aos anúncios do Super Bowl, aos direitos de nomes de estádios e a grandes negócios de patrocínio há alguns meses, mas tivemos de o fazer. Hoje, estamos a contratar para 2.000 vagas para a #Binance”, pode ler-se na publicação.
A ‘Reuters’ entrou em contacto com a empresa para saber mais detalhes sobre as vagas mas a empresa não respondeu ao pedido de comentário.
It was not easy saying no to Super bowl ads, stadium naming rights, large sponsor deals a few months ago, but we did.
Today, we are hiring for 2000 open positions for #Binance. pic.twitter.com/n24nrUik8O
— CZ 🔶 Binance (@cz_binance) June 15, 2022
Este anúncio da empresa acontece num dia em que a maior criptomoeda do mundo, a Bitcoin, continua a desvalorizar, tendo atingido hoje um novo mínimo registado em dezembro de 2020, arrastando consigo tokens de menor valor no mercado, já que a recente queda nos mercados das criptomoedas não mostrou sinais de desaceleração. A Ether, por exemplo, o segundo maior token, caiu 9,4%, para 1.090 dólares.
Também esta quarta-feira fica a saber-se a decisão de política monetária da Reserva Federal dos EUA, que deverá levar a um novo aumento das taxas de juro, podendo mesmo ser o maior em 27 anos. Depois de um aumento inicial de 25 pontos base em março e de um outro de 50 pontos base em maio, agora poderá ser decidida uma nova subida de 50 pontos base nas taxas de juro ou até de 75 pontos base, o que aconteceria pela primeira vez desde 1994.
Na terça-feira, a ‘exchange’ Coinbase anunciou que iria cortar cerca de 1.100 postos de trabalho, ou 18% da mão-de-obra, assim como já tinham anunciado anteriormente a BlockFi e a Crypto.com. Gigantes tecnológicas como a Meta ou a Intel também já tinham revelado que iriam “travar” o número de contratações, explica a agência de notícias.