Biden une-se à China para declarar guerra à OPEP

O governo de Joe Biden propôs à China, Índia e Japão uma ação coordenada para libertar as reservas de petróleo, de forma a reduzir o preço do barril, já que a OPEP se recusa a aumentar a produção diária.

O primeiro encontro entre Joe Biden e Xi Jinping serviu como uma ‘reunião de bastidores’, depois da qual as nações decidirão se recorreão ou não ás reservas de emergência de ouro negro, de acordo com a Reuters.

Esta quinta-feira, um porta-voz da Administração Nacional de Alimentos e Reservas Estratégicas da China confirmou a especulação avançada pela agência britânica, ao revelar “que está em andamento um novo processo para recorrer às reservas nacionais de petróleo”.

“Vamos divulgar mais detalhes sobre o volume que iremos utilizar e a data para venda no tempo devido”, acrescentou Pequim, que em setembro já tinha realizado um leilão “de ouro negro”, de forma a aliviar o mercado energético chinês.

Os últimos números oficiais sobre as reservas de petróleo da China datam de 2017. Nesta altura, Pequim informou que o armazenamento estratégico era de 238 milhões de barris.

Em julho, a consultoria Energy Aspects estimou que o stock poderia ter caído para 220 milhões de barris, volume que cobre 15 dias de consumo do gigante asiático.

As reservas de petróleo dos EUA são as maiores do mundo, já que somam somam 634,9 milhões de barris por dia.

Este valor equivale a aproximadamente 1.069 dias de oferta das importações líquidas totais de petróleo do país. Legalmente, a Casa Branca só pode recorrer a esta reserva em caso de guerra ou problemas de abastecimento.

A última vez que este fenómeno aconteceu foi em em março de 2014, com a venda de 5 bilhões de barris de petróleo, como teste para testar o mercado.

Esta quinta-feira, o barril do petróleo Brent subiu 0,14% para os 80,10 dólares. Do outro lado do Atlântico, o norte-americano West Texas Intermediate (WTI) já reagiu à notícia com o efeito pretendido, diminuindo 0,41% para os 78,04 dólares, o barril.

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