BES: Chega diz que acusação “peca por tardia” e insiste na prisão perpétua

O deputado único do Chega, André Ventura, disse hoje que a acusação relativa ao caso BES “peca por tardia”, considerando que este “é um dos casos em que a prisão perpétua deveria” ser considerada na moldura penal portuguesa.

De acordo com uma nota, o também presidente demissionário do Chega sublinhou que a acusação no caso que envolve o Banco Espírito Santo (BES) “peca por tardia” e pelos “muitos milhões desviados que ficaram por descobrir e desvendar nos vários anos do império” do ex-presidente da instituição Ricardo Salgado.

O parlamentar acrescentou que “este é um dos casos em que a prisão perpétua deveria estar em cima da mesa”, considerando o “grave prejuízo que causou às contas públicas e ao desenvolvimento do país”.

O Ministério Público acusou na terça-feira 18 pessoas e sete empresas por vários crimes económico-financeiros e algumas das quais por associação criminosa, no processo BES/Universo Espírito Santo, em que a figura central é o ex-banqueiro Ricardo Salgado.

O ex-presidente do BES foi acusado de 65 crimes, incluindo associação criminosa, corrupção ativa no setor privado, burla qualificada, branqueamento de capitais e fraude fiscal, no processo BES/GES.

Além de Ricardo Salgado são também arguidos neste processo Amílcar Morais Pires e Isabel Almeida, antigos administradores do BES, entre outros.

O inquérito do processo principal “Universo Espírito Santo” teve origem numa notícia de 03 de agosto de 2014 sobre a medida de resolução do BES e analisou um conjunto de alegadas perdas sofridas por clientes das unidades bancárias Espírito Santo.

Posteriormente, foi conhecida a resolução e liquidação de inúmeras entidades pertencentes ao então Grupo Espírito Santo (GES) no Luxemburgo, Suíça, Dubai e Panamá, a par do pedido de insolvência por parte de várias empresas do mesmo Grupo em Portugal.

O ex-presidente do BES Ricardo Salgado já confirmou ter sido notificado da acusação, dizendo que “não praticou qualquer crime” e que esta “falsifica a história” do Banco Espírito Santo.

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