Bérrio abatido à Marinha: Substituição só em 2027 e deverá custar 100 milhões de euros

O reabastecedor “Bérrio” foi abatido ao efetivo de navios de guerra da Marinha Portuguesa, segundo um despacho hoje publicado, e a sua substituição ocorrerá em 2027, prevendo-se um custo de 100 milhões de euros.

Com efeitos a 01 de setembro, o despacho da Ministra da Defesa Nacional, hoje publicado em Diário da República, determina que estão “criadas as condições para se concretizar” o abate do navio ao efetivo da Marinha, após ter passado ao estado de desarmamento em 01 de junho de 2020.

A substituição deste reabastecedor está prevista na Lei de Programação Militar para 2027 e, de acordo com o porta-voz do ramo, o custo estimado é de cem milhões de euros.

O “Bérrio” foi construído em 1969 nos estaleiros navais Swan Hunter, no Reino Unido, tendo sido utilizado Royal Fleet Auxiliary, com o nome de “Blue Rover”.

Já em 31 de março de 1993, passou a integrar o efetivo dos navios de guerra da Marinha Portuguesa, participando em diversos teatros de operações e missões, no âmbito do apoio à política externa do Estado.

Esteve envolvido na operação “Sharp-Guard” no Mar Adriático, em 1995, na operação humanitária na República da Guiné-Bissau, em 1998, na operação Manatim, em 2012, onde esteve pronto para evacuar da Guiné-Bissau cidadãos nacionais e de países amigos, de acordo com a Marinha.

Mais recentemente, em outubro de 2019, o “Bérrio”, com 140 metros de comprimento, participou no apoio à população da ilha das Flores, nos Açores, atingida pelo furacão Lorenzo, que destruiu o porto comercial das Lajes.

“Foi fundamental para a sustentação de uma força naval no mar garantindo apoio logístico a diversas forças navais nacionais ou aliadas. Participou em diversos exercícios nacionais e internacionais, sendo fundamental para o treino e aprontamento de outras unidades navais”, salienta a Marinha, no seu “site” oficial.

Em maio passado, Helena Carreiras tinha afirmado que o governo decidiu priorizar a substituição do Bérrio na LPM, e que, com a aquisição prevista de um Navio Reabastecedor de Esquadra será reposta uma “capacidade que tem vindo a ser adiada, apoiando a projeção e a sustentação logística de uma Força Naval no mar”.

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