Beleza digital: Estão abertas as candidaturas ao primeiro concurso ‘Miss Inteligência Artificial’

Enquanto muitos associam a inteligência artificial (IA) a códigos e algoritmos, um concurso pioneiro está prestes a mudar essa perceção. O “Miss IA Fanvue”, o primeiro concurso de beleza exclusivamente dedicado a IA, promete agitar o mundo da tecnologia e da moda, com um prémio generoso de 16 mil euros em jogo.

O concurso, organizado pela Fanvue, plataforma de conteúdos digitais por subscrição, desafia os limites da criatividade tecnológica, com senhoras geradas por IA competindo em categorias tradicionais de beleza, influência nas redes sociais e a perícia dos seus criadores em utilizar ferramentas de IA.

“Esperamos que estes eventos se tornem os Óscares da economia criativa de IA”, expressou Will Monanage, co-fundador da Fanvue, sublinhando a ambição de posicionar o concurso como um marco no universo da inteligência artificial.

Para entrar na competição, os participantes apenas precisam de submeter uma imagem de uma mulher gerada por IA e responder a um questionário detalhado. Este inclui desde questões sobre sonhos pessoais para um mundo melhor até pormenores técnicos sobre a IA utilizada no processo de criação.

A Fanvue antecipa uma avalanche de inscrições, prevendo um processo de seleção rigoroso que culminará numa final com as três melhores concorrentes, anunciadas numa cerimónia online em maio, escreve o Daily Mail.

Um painel de quatro jurados especializados em diversas áreas – desde a modelação, passando pelo marketing, até à beleza tradicional – será responsável por avaliar as participantes. Mas o concurso reserva uma surpresa: dois dos jurados também serão gerados por IA.

Aitana Lopez e Emily Pelligrini, as influenciadoras de IA selecionadas para o painel, já contam com centenas de milhares de seguidores nas redes sociais. “É realmente excitante estar envolvida num prémio que parece tão futurista”, partilhou Aitana Lopez, representante de uma empresa espanhola de media.

Sally Ann Fawcett, historiadora de concursos de beleza e Andrew Bloch, conselheiro de PR de Lord Sugar, serão os dois humanos a completar o painel de jurados.

As concorrentes serão avaliadas não só pela sua “beleza e elegância”, mas também pela sua capacidade de utilizar ferramentas de IA para criar “obras digitais”. Detalhes como a qualidade dos olhos e mãos nas imagens de IA serão critérios específicos de avaliação, dada a complexidade que algumas ferramentas têm nestas áreas.

O recente avanço na tecnologia de geração de imagens de IA tem sido notável. Ferramentas como a Stability AI permitem transformar simples descrições textuais em imagens complexas, enquanto outras ferramentas refinam ainda mais estas criações.

Além da técnica, a influência nas redes sociais será um fator determinante. Pontos adicionais serão atribuídos com base no número de seguidores e na interação das concorrentes com o seu público.

O objetivo final, contudo, é claro: monetização através das redes sociais. As contas de IA, como a de Aitana Lopez, têm sido utilizadas por marcas de renome, permitindo-lhes evitar os custos e complexidades associados ao trabalho com modelos humanos.

“O número de criadores de IA cresceu incrivelmente nos últimos doze meses, e Aitana construiu uma base de fãs adoradora”, revelaram os criadores da influenciadora digital.

Com contas tão convincentes, os criadores de Emily Pelligrini afirmam ter até recebido mensagens românticas de personalidades como jogadores de futebol e bilionários, sublinhando o poder e a influência emergente da IA no mundo contemporâneo.

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