Cerca de três quartos (74%) das famílias enfrentam, mensalmente, dificuldades financeiras. 8% encontram-se mesmo em situação crítica.

Apresentam dificuldades em pagar todas as despesas ditas essenciais (mobilidade, alimentação, saúde, habitação, lazer e educação).

Os valores são revelados pelo barómetro anual sobre a capacidade financeira das famílias portuguesas, adianta a diretora de comunicação e relações institucionais da DECO Proteste, Rita Rodrigues.

A DECO Proteste também analisou o preço dos alimentos e revela que em fevereiro do ano passado, o valor de um cabaz alimentar custava 185€. Este ano, o mesmo cabaz chega aos 222€. Está 20% mais caro.

O índice que mede a capacidade financeira das famílias mostra ainda que 2022 atingiu o valor mais baixo desde há 5 anos. Está agora nos 42,1%.

As principais parcelas que geram constrangimentos na gestão orçamental dos consumidores dizem respeito às despesas com o carro – combustíveis, manutenção e seguros (67%), alimentação – carne, peixe e alternativas vegetarianas (59%), férias grandes – viagens e estadias (57%), cuidados dentários (55%) e manutenção da casa – obras, remodelações (54%).