Banqueiros sob fogo

crise-economica-mundial1Os maiores banqueiros de Wall Street enfrentaram duros ataques durante a primeira audiência da Comissão de Inquérito sobre a Crise Financeira no Congresso americano. Lloyd Blankfein, da Goldman Sachs, Jamie Dimon, do JPMorgan Chase, John Mack, do Morgan Stanley, e Brian Moynihan, do Bank of America, pediram desculpas pelos erros que contribuíram para a crise, mas também defenderam os seus actos, criticando as propostas de expansão da regulamentação.

Phil Angelides, o director da comissão que foi tesoureiro do Estado da Califórnia, chegou a comparar os banqueiros a vendedores de carros usados que vendem carros com travões defeituosos aos seus clientes, mesmo sabendo do problema. Referia-se, assim, ao facto de bancos como o Goldman Sachs terem vendido aos seus clientes papéis em hipotecas que sabiam ser muito arriscados, enquanto nas suas posições de tesouraria (investimentos próprios) apostavam na queda dos preços desses papéis.” Isso para mim é como vender um carro com os travões partidos, e comprar o seguro ao mesmo tempo”, disse.

Blankfein respondeu, dizendo que esses papéis eram vendidos para investidores profissionais, que têm experiência e sabem os riscos das operações. A comissão foi criada nos moldes da mítica Comissão Pecora, que ajudou a condenar vários banqueiros após a queda da Bolsa de Nova York, em 1929. A comissão Angelides, que tem bem menos força, conta com dez membros e tem até 15 de Dezembro para apresentar um relatório detalhado sobre as causas e os responsáveis pela crise.






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