Aviões em terra e estradas cortadas: Norte da China em alerta laranja devido a poluição atmosférica

Esta terça-feira, as autoridades chinesas colocaram a zona norte do país, incluindo a capital, Pequim, sob alerta laranja devido a uma névoa de poluição atmosférica que cobre várias zonas. EM causa está o facto de a poluição estar a causar uma neblina, que fez a visibilidade cair para menos de 50 metros.

Na província de Hebei, a norte, foi lançada a resposta de emergência antipoluição, que prevê que estejam em curso cortes de trânsito sempre que necessário. E não é só nas estradas: aqui, como em Pequim, há descolagem e aterragem de voos que foram suspensas, entradas cortadas ou temporariamente fechadas e também barcos e ferries que estão ancorados em algumas partes do dia, em que a visibilidade é inferior.

A polícia chinesa alertou também os condutores para fazerem paragens em áreas de estacionamento seguras, durante as viagens, sempre que as condições de visibilidade assim o exigem. As autoridades pediram também à população para evitar sair de casa e, idealmente, permanecer em ambientes fechados, de forma a não respirar o ar contaminado pela névoa de poluição.

Pequim acabou por implementar esta manhã, como previsto, restrições no controlo de tráfego aéreo, com a capital a fazer subir o alerta para o grau mais grave.

Especialistas citados pela Reuters adiantam que as fracas correntes de ar frio cindas do Polo Norte resultaram em temperaturas de outono mais típicas de verão, com os termómetros a chegarem aos 30ºC em muitas zonas chinesas, o que causou a névoa de poluição atmosférica que se fixou no norte do país.

Segundo os meios de comunicação locais, é esperado que a neblina, de leve a moderada, continue a cobrir partes da China pelo menos até quinta-feira, sendo que a tendência é que se agrave no centro nos próximos dias. A ‘nuvem’ de poluição só deverá dissipar-se após dia 3 de novembro, altura em que correntes de ar frio do norte ajudarão a afastar a névoa.